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I SÉRIE — NÚMERO 39

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Ontem, o SNS fez 43 anos, é verdade. O SNS é assim um tipo de meia-idade, meio frustrado, que foi sempre

mimado pela sua família de esquerda, sempre criado com muito dinheiro no bolso para gastar, mas a quem se

pedem poucas responsabilidades.

Mas os melhores amigos deste tipo de 43 anos, deste SNS, são os quadros médicos e de enfermagem, que

ao fim destes 43 anos e de estarem sempre a provar que a sua amizade é resiliente e a tentarem puxar o seu

amigo SNS para cima, são agora obrigados a escapar aos maus-tratos deste próprio amigo, devido às más

condições com que são diariamente esmagados. O SNS, ao fim de 43 anos, é temido pelos seus amigos e por

aqueles que o usam.

Os comunistas vêm aqui, hoje, querer colocar uma cortina de ferro à volta do SNS e sabemos bem que,

quando os comunistas constroem muros contra as liberdades, quem sofre somos sempre nós, o povo.

Hoje, este SNS à moda esquerdista tem grávidas que têm de percorrer mais de 150 km para dar à luz nas

Caldas da Rainha, quando o INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) as fez passear por três distritos

diferentes, saindo de Setúbal e do Seixal, passando por Santarém, e todas as maternidades destes distritos

estavam fechadas, sem se lembrar que, no próprio distrito de origem, existem hospitais cujas maternidades

nunca fecham e que podiam ajudar estas pessoas.

Sim, Srs. Deputados, aqueles hospitais que nunca fecham os blocos de parto e que já fazem 30% dos partos

em Lisboa são, de facto, os hospitais privados.

Este SNS que temos, de esquerda, é um SNS que responde, com comissões, às mortes dos bebés por falta

de assistência no parto.

Aplausos do CH.

É um SNS que responde, com comissões, às listas de espera para exames, cirurgias e consultas. É um SNS

que responde, com comissões, a concursos de especialidade completamente desertos, a mais de 1300 milhões

de euros perdidos em desperdício — repito: 1300 milhões de euros —, a milhares de declarações de escusa de

responsabilidade de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e, pasme-se!, hoje em dia, até os auxiliares

assistentes operacionais assinam escusas de responsabilidade no SNS.

Temos, ainda, um INEM que obriga os tripulantes a pilotar ambulâncias com décadas, por milhões de

quilómetros, e que perdem literalmente as suas rodas quando estão a fazer o socorro. Meus senhores,

anteontem, esta ambulância, em Braga, perdeu uma roda com os tripulantes, um médico e um enfermeiro, lá

dentro.

O orador exibiu uma fotografia da ambulância que mencionou.

Ficaram em perigo de vida quando iam tentar cuidar de um doente emergente, que estava, também, em

apuros. Nem os próprios nem o doente tiveram os cuidados de saúde que mereciam.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, hoje morrem mais portugueses vítimas deste SNS socialista do que vítimas

da invasão russa na Guerra da Ucrânia. Na Ucrânia, desde 24 de fevereiro, nestes sete meses de invasão russa,

morreram já 5600 civis e 9000 militares ucranianos. Em Portugal, em cada um destes sete meses, morreram

mais do que 10 000 pessoas.

Por isso, a nossa proposta vai ao encontro daquilo que é a opinião dos médicos e da Ordem dos Médicos,

que é uma dedicação ao SNS, mas em que haja a possibilidade de os médicos terem também a sua atividade

noutros setores.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para apresentar o Projeto de Lei n.º 276/XV/1.ª (BE) — Regime de

exclusividade no Serviço Nacional de Saúde, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, do Grupo

Parlamentar do Bloco de Esquerda.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: As notícias de hoje e os números

atuais mostram que há, em Portugal, cerca de 1 milhão e 270 mil pessoas que não têm médico de família.

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