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I SÉRIE — NÚMERO 2

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O Sr. Bruno Nunes (CH): — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — O Ministro João Cravinho, que não se encontra hoje, penso eu, neste Plenário, já não é ministro de absolutamente nada.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Exatamente!

O Sr. André Ventura (CH): — É apenas um ministro-fantasma, sob suspeitas-fantasma e sob uma carga de trabalhos-fantasma, que continuam a assolar este Governo. Já não bastava ter mentido ao Parlamento, ter

levado à derrapagem de obras pagas com os nossos impostos, mantém-se apenas por um capricho do Primeiro-

Ministro.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Exatamente!

O Sr. André Ventura (CH): — O Ministro João Galamba apareceu, mas ninguém o vê, ali no canto. Se olhássemos todos fixamente, percebíamos quase um fantasma que aqui se personificou para dizer que ainda é

ministro — o ministro da pancadaria no Ministério das Infraestruturas,…

Risos do CH.

… o Ministro que, na Comissão da TAP (Transportes Aéreos Portugueses), disse uma coisa, quando outros

disseram outra, um Governo em absoluto caos, um Governo em absoluto descrédito, um Governo em absoluta

paranoia, um Governo de brincadeira para a maioria dos portugueses.

Aplausos do CH.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, Caros Membros, Colegas e Visitantes, conheço associações de reformados

que jogam à bisca e à sueca, à sexta-feira, que têm mais consistência do que este Governo da República.

Risos do CH.

E isto tem de ser dito frente ao País, perante um Governo que a cada dia diz uma coisa, no dia seguinte diz

outra, no dia seguinte tem um ministro e no dia seguinte deixa de o ter.

Há quem diga, na nossa oposição, que não há um facto que motive esta moção de censura. «Não há uma

causa,…» — dizem eles — «… porque, se houvesse, nós lá estaríamos, a lutar contra este Governo. Mas não

há uma causa, não há um facto.» Vamos então ver se estes factos existem ou não existem.

Tivemos uma comissão de inquérito à TAP, presidida pelo Partido Socialista, onde ficaram claras para o País

todo as chocantes indemnizações pagas pelos impostos dos contribuintes e a utilização dos serviços secretos

e de informações, ao arrepio da lei e daquilo que são as boas práticas do Governo.

Tivemos, como sempre tivemos, pancadaria no Ministério das Infraestruturas, um ministro que diz uma coisa

e é desmentido pelos seus funcionários ou pelos seus assessores, e todos acham isto normal, no país do reino

socialista. Não, meus caros, quem não está a ver os factos são aqueles que permitem que este Governo

descoordenado continue em funções.

A saúde recebeu, este ano, 14,8 mil milhões no Orçamento. Repito: 14,8 mil milhões. E as pessoas, em casa,

perguntam-se: «Estaremos a usar bem estes 14,8 mil milhões?» Talvez estivéssemos, não houvesse 1 577 801

portugueses sem médico de família. Repito: 1 577 801 portugueses sem médico de família. Palavras de António

Costa em 2015: «Comigo acabarão os portugueses sem médico de família.» Eis a credibilidade de um Primeiro-

Ministro. Eis a credibilidade de um Primeiro-Ministro.

Aplausos do CH.