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20 DE SETEMBRO DE 2023

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Mas este Primeiro-Ministro tem outras valências. Transporta consigo todos aqueles que, nos últimos anos,

têm morrido às portas dos centros de saúde e dos hospitais em Portugal: a 21 de agosto, um homem morreu no

Beatriz Ângelo à espera de uma transferência; a 30 de junho, um homem morreu à porta das urgências em

Serpa; e, infelizmente, nenhuma das folhas que aqui tenho serviria para deixar claro os que têm morrido à porta

de hospitais, à porta de urgências, à porta de serviços de saúde, à porta de tudo aquilo que este Primeiro-

Ministro nos disse que traria, mas não trouxe.

Neste mesmo País, e neste momento em que estamos, há portugueses que aguardam mais de dois anos

por uma consulta médica, mais de três anos por uma cirurgia, e continuam desesperadamente a sentir que os

seus impostos são para o sistema de saúde. Sr. Primeiro-Ministro, se não quer fazer mais nada, faça isto: dê

saúde aos portugueses,…

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — … porque eles merecem e são eles que pagam o seu salário, o meu e o de todos os que aqui estamos.

Aplausos do CH.

Mas, sim, o Ministro Manuel Pizarro tem soluções. A par de andar a viajar por todo o País, apresentou

soluções consistentes: criou mais uma direção, criou mais um diretor executivo, criou mais unidades regionais.

E ainda conseguiram, ao fim do último minuto, dizer que iam negociar com os sindicatos e com as associações.

Deixaram para trás médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e todos aqueles que fazem o serviço de saúde

— todos, público e privado, porque todos são portugueses e todos pagam os impostos que nós pagamos e todos

merecem a consideração deste Governo. Tudo foi deixado para trás por um mero unilateralismo desta arrogância

de maioria absoluta.

Quem está em casa a ver-nos pergunta-se, sem grande dificuldade: «Para onde vão os meus impostos?

Numa justiça que não funciona, numa saúde que não me dá consultas, em autoestradas onde tenho de pagar

portagem, num Governo que não funciona, em combustíveis que não param de aumentar, em bens essenciais

que não param de aumentar, para onde vão os meus impostos?!»

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Exatamente!

O Sr. André Ventura (CH): — Vão para sustentar um Governo que é dos maiores que já tivemos em Portugal. É para aqui que vão os nossos impostos!

Aplausos do CH.

«Mais utentes vão morrer à espera de ambulância» — palavras de um comandante dos bombeiros, a 25 de

agosto de 2023. Não, não é nos Camarões, no Senegal ou no Gabão. É aqui, neste nosso País, na União

Europeia. É aqui, em Portugal, que dizem que mais gente vai morrer à espera de uma ambulância.

Pudemos ouvir, no último fim de semana, uma professora falar aos nossos corações. Disse isto, que espero

que o Sr. Primeiro-Ministro leve para casa esta noite: «Sou professora e todos os fins de semana […] percorro

1120 km em 16 horas de autocarro para estar com a minha família.»

O orador exibiu uma notícia de jornal.

São 1120 km e 16 horas para estar com a família.

Tenho a certeza de que, se algum destes Srs. Ministros que aqui estão, daqui até ali, tivesse de fazer mais

de 1000 km por dia, o problema já estaria resolvido. Tenho a certeza de que, se algum destes ministros que

aqui estão tivesse de fazer 16 horas para estar com a família, o problema já estaria resolvido.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem, exatamente!