I SÉRIE — NÚMERO 14
16
… ter números máximos de emprego e, apesar de tudo, conseguir, com isto tudo, não andar a fazer a vida
dos portugueses num inferno, como fez durante quatro anos, entre 2011 e 2015.
E é por isso que a pergunta que lhe queria deixar…
Vozes do PSD, do CH e da IL: — Ah!
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): —… é muito objetiva, Sr. Primeiro-Ministro. A pergunta que lhe quero
deixar tem a ver com a incerteza.
É certo que o diabo não vem. Já estamos todos de acordo: o diabo não virá.
O Sr. Filipe Melo (CH): — Já cá está!
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Até o Deputado Miranda Sarmento já está, finalmente, convencido: o
diabo não virá.
Mas é preciso dizer: a incerteza está aí. Os portugueses não precisam apenas de um Governo que valorize
os rendimentos das famílias, dos mais jovens, e que diminua o IRS, precisa de um Governo que suporte bem
um pilar fundamental, o da segurança e da previsibilidade,…
A Sr.ª Patrícia Faro (PS): — Muito bem!
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — … quando, hoje, de facto, a incerteza é muita.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — É verdade!
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Não é só a guerra na Ucrânia. São os impactos da guerra no Médio
Oriente, com efeitos nos preços da energia.
O Sr. André Ventura (CH): — Há sempre uma desculpa!
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Essa previsibilidade e essa segurança são muito importantes para que
os portugueses continuem tranquilamente a sua vida, para que as empresas possam investir,…
O Sr. André Ventura (CH): — É a covid-19, é a guerra na Ucrânia!…
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — … para que se possa…
O Sr. Presidente: — Os Srs. Deputados têm de fazer o favor…
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Isto é suposto não ser um diálogo!
O Sr. Presidente: — … de deixar o orador que está no uso da palavra exprimir-se. A interrupção sistemática
não tem nada a ver com a figura regimental do aparte e todos têm direito de se fazer ouvir, nesta Assembleia.
Sr. Deputado, faça favor.
O Sr. André Ventura (CH): — É a guerra colonial!
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sr. Primeiro-Ministro, há quem não goste de ver chegar as boas notícias
e as boas políticas.
Aplausos do PS.
Risos do PSD, do CH e da IL.