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I SÉRIE — NÚMERO 14

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O Sr. Rui Rocha (IL): — … porque foi prometido que, de facto, haveria uma redução da carga fiscal e aquilo

que temos é uma evidência de aumento de carga fiscal.

Mas o ponto essencial, Sr. Primeiro-Ministro, é perguntar: para quê? Para que é que há estes recordes

sucessivos de carga fiscal?! Olhando para os problemas dos portugueses, para os problemas essenciais dos

portugueses, vemos que, apesar do Orçamento, das medidas e dos pacotes que o senhor vai apresentando, os

problemas permanecem os mesmos. Já falei das listas de espera, já falei dos médicos de família, que não

chegam a todos os portugueses, e já falei dos alunos sem professores na escola.

Portanto, para não entrarmos nas questões dos programas, das medidas e do dinheiro que o senhor atira

para cima dos problemas — e a verdade é que o senhor tem de ser avaliado por objetivos e por cumprir esses

objetivos —, eu tenho, para começar, duas perguntas muito diretas. Primeira pergunta: no ano de 2024, quantos

portugueses não terão médico de família? Segunda pergunta muito clara: quando iniciar o ano letivo de 2024,

quantos alunos iniciarão esse ano letivo sem professor, pelo menos, a uma disciplina?

Aplausos da IL.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Rui Rocha, não me levará a mal, mas, antes de

começar a responder…

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem de ter a maçada de esperar que eu lhe dê a palavra.

Risos de Deputados do PS, do CH e da IL.

O Sr. Rui Rocha (IL): — É o entusiasmo!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Está com pressa!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Muito obrigado, Sr. Presidente, peço desculpa.

Sr. Deputado Rui Rocha, se não levar a mal, vou começar por corrigir, porque troquei uma ficha, os números

que dei há pouco ao Sr. Deputado André Ventura. Há bocado, referi que tivemos, até agora, 2 milhões e 500 mil

consultas, 950 000 consultas hospitalares, 57 000 cirurgias e 541 000 episódios de urgência, mas eu enganei-

me, porque isto foi só o mês de agosto.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Afinal, quem não tem noção é o Sr. Primeiro-Ministro!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O acumulado do ano até ao final de agosto foi de 22 778 370 consultas nos

cuidados de saúde primários, 8 874 179 consultas nos cuidados hospitalares e 546 465 cirurgias realizadas nos

hospitais.

Aplausos do PS.

Desculpe, Sr. Deputado, mas achei que era importante corrigir estes dados.

Sr. Deputado Rui Rocha, este ano letivo iniciou com 98 % dos horários preenchidos e, neste momento, cerca

de mais de 20 000 lugares já foram preenchidos nas diversas modalidades de preenchimento.

Relativamente à trajetória dos médicos de família, temos vindo a fazer a nossa trajetória, mas não ao ritmo

que desejávamos. A reforma da generalização das USF para o modelo B aumentará significativamente o número

de portugueses com médico de família.

Aplausos do PS.