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19 DE OUTUBRO DE 2023

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Quem diz o que quer, ouve o que não quer.

Sr. Primeiro-Ministro, é verdade ou não que disse que a culpa dos atrasos nas urgências é porque há utentes

a mais?

O orador exibiu um cartaz.

Diga lá! Tem o dia aqui para isso! Estão aqui as pessoas! Hoje é que é o dia! Diga lá assim: «Eu acho que o

problema de não termos serviço de saúde, de estar tudo encerrado e de não haver consultas é vocês serem uns

piegas, todos, porque vão para o serviço de saúde quando não deviam ir.»

O Sr. Primeiro-Ministro está sempre a dizer que o Passos disse para os professores emigrarem; o Sr.

Primeiro-Ministro diz aos portugueses para não irem às urgências, nem ao hospital, nem ao centro de saúde!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — É verdade!

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Primeiro-Ministro, há o coveiro A e o coveiro B; você junta o A e o B. É o

destruidor do sistema nacional de saúde e do sistema privado de saúde. É o destruidor dos dois!

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Primeiro-Ministro, para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado André Ventura, como o senhor bem sabe, porque

seguramente me ouviu — se não em direto, então em diferido, as imagens estão gravadas —, eu não disse,

obviamente, que o problema das urgências era culpa dos portugueses.

Neste momento, o Deputado do CH André Ventura mostrou um artigo de jornal.

O Sr. André Ventura (CH): — Está aqui!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Eu não sei se está aí e nem sei o que é isso que o senhor está a mostrar.

O Sr. André Ventura (CH): — Está aqui!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ó Sr. Deputado, o Sr. Deputado vai ouvir o que eu disse e, como sabe, eu não

disse isso!

Aplausos do PS.

O que eu disse, e volto a repetir, é que nós temos de ter maior racionalidade no nosso serviço de urgência.

Isso significa, em primeiro lugar, que temos de organizar melhor as urgências, de uma forma mais racional,

sobretudo nas grandes cidades, como, aliás, já acontece, por exemplo, na cidade do Porto, e funciona bem.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Funciona bem?! Está sempre fechado!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Em segundo lugar, precisamos de racionalizar o número de profissionais que

tem de estar de escala em cada urgência, porque temos de nos equiparar aos padrões internacionais e de nos

aproximarmos deles.

Em terceiro lugar, eu disse que há uma realidade estatística, que a OCDE (Organização para a Cooperação

e Desenvolvimento Económico) demonstra: há em Portugal um recurso às urgências que é mais do dobro da

média da OCDE.

Protestos do CH.