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I SÉRIE — NÚMERO 17

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Para finalizar, o que gostaria de ouvir, por parte do PCP, era o seguinte: quais as soluções que apresentam para aumentar o parque habitacional público, a verdadeira medida estruturante para combater a falta de habitação em Portugal?

Aplausos do PS. A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias. Faça favor. O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, começo por agradecer as questões

colocadas pelos Srs. Deputados António Prôa, do PSD, e Salvador Formiga, do PS. O Sr. Deputado António Prôa acusa o PCP de propor um modelo errado para a política de habitação, e eu

queria dar-lhe uma notícia de última hora, Sr. Deputado: é que o modelo que o senhor preconiza é aquele que hoje está a ser vivido pelas pessoas, e está a ser um fracasso, Sr. Deputado!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Exatamente! Essa é que é essa! Vozes do PSD: — É o vosso! É o vosso! O Sr. Bruno Dias (PCP): — Está a ser um fracasso, e as pessoas que o digam, quando são confrontadas

com o aumento brutal da prestação da casa, quando são confrontadas com a obrigatoriedade de serem expulsas das suas casas e dos seus bairros. Portanto, o que nós dizemos é que este mercado liberalizado, sacrossanto, que está lá no altar de VV. Ex.as, é aquilo que está hoje a acontecer e a causar estes problemas.

Aplausos do PCP. O Sr. António Prôa (PSD): — O PS é que está no Governo há oito anos! O Sr. Bruno Dias (PCP): — E, portanto, eu não me vou meter na sua vida, não vou agora perguntar se o

senhor aderiu ao mercado regulado de energia. Mas quem aderiu ao mercado regulado de energia, posso dizer-lhe, não lhe faltou a luz. Portanto, a regulação dos preços é uma coisa que existe no nosso País, com resultados importantes para travar a especulação.

Ora, o Sr. Deputado, o PSD, toda a direita, e até o PS, pelos vistos,… O Sr. António Prôa (PSD): — O PS é que está no Governo há oito anos! O Sr. Bruno Dias (PCP): — … quando se insurgem contra aquilo que classificam como «intervenção estatal

com medidas excessivas», ora aí está a convergência entre o PS e a direita para rejeitarem as intervenções que possam travar a selvajaria especulativa que está hoje a acontecer, porque é esse o problema na habitação, Srs. Deputados!

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Nem mais! O Sr. Bruno Dias (PCP): — E, portanto, não é excessivo travar o aumento das rendas ou impedir que haja

ainda mais aproveitamentos do aumento das taxas de juro pelos bancos, que estão a lucrar 11 milhões de euros por dia.

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Ora! O Sr. António Prôa (PSD): — E nós a pagar!