2 DE NOVEMBRO DE 2023
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O combate à corrupção e à nova criminalidade está plasmado no Orçamento do Estado para 2024. Em 2023, reforçou-se os meios da Polícia Judiciária, afetando 40 % dos novos meios ao combate à corrupção; assegurou-se a instalação do Mecanismo Nacional Anticorrupção, não esquecendo a nova lei que visa definir objetivos, prioridades e orientações da política criminal para o biénio 2023-2025.
Em 2024, na área da justiça, o Governo tem por objetivos promover a simplificação processual e a utilização de novas tecnologias e dar continuidade às políticas de combate à corrupção, sendo muito importante a humanização dos espaços prisionais e a melhoria da prestação de cuidados de saúde aos detidos.
Aplausos do PS. Assim se gere, se melhora e se reforma a justiça real, e não a justiça ficcionada por quem nada quer, de
facto, com a justiça. Falta sempre fazer mais numa área complexa, mas a justiça dispensa a política de alterações legislativas a todas as horas, dispensa barulho diário…
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ai não se pode falar?! A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — … sobre ficção do que seja a justiça, porque quem sabe de justiça
sabe que os problemas não se resolvem com alterações legislativas constantes ou com concursos de «a ver quem fala mais alto ou quem propõe mais aumentos de penas».
Aplausos do PS. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Isso é ditadura! A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Citando Rui Patrício: «A questão da corrupção, que são, aliás, várias
questões [nomeadamente (i) a perceção sobre o fenómeno, (ii) o fenómeno real, (iii) a prevenção e a (iv) repressão, sendo que neste último caso há que também fazer um verdadeiro escrutínio do sistema da justiça, que não é feito, o que há é folclore…»
O Sr. Pedro Pinto (CH): — É, é! A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — «… e relatos fáceis e baratos sobre pedaços de processos (…)], não
se resolve com constantes mexidas na lei, nem com a aparência de discussão superficial e barulhenta sobre os temas, quase sempre presa a soundbites, impressões, opinião biliosa e espetáculo, o que aliás até cria mais e mais problemas. Já cansa, tanto ruído e tanto mais efeito do ruído. Sei que vivemos […]» — diz o próprio, estou a citar — «[…] na era das redes sociais, em que o pensamento tende a seguir esse padrão, mas há que dizer que coisas que não se coadunam com meias-frases, likes e a rapidez e a economia de um post ao sabor do andamento.»
É bom ver que este Governo é a antítese disto. Aplausos do PS. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos agora ao Grupo Parlamentar do Chega, para uma intervenção
pelo Sr. Deputado Rui Paulo Sousa. O Sr. Rui Paulo Sousa (CH): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.ª Ministra da Justiça, restantes
Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Ouvi com atenção a intervenção da Deputada Isabel Moreira, mas, de facto, a justiça, como todos sabemos, não está melhor e tem vindo a agravar-se substancialmente devido à intervenção insensata e calamitosa do Partido Socialista. Vejam-se os atrasos escandalosos a que se assiste nos tribunais e o arrastar de megaprocessos nos tribunais, alguns deles com mais de 20 anos.