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25 DE NOVEMBRO DE 2023

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O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, muito bom dia. Estamos em condições de iniciar os nossos trabalhos. Srs. Deputados, está aberta a sessão. Eram 10 horas e 9 minutos. Peço aos Srs. Agentes da autoridade o favor de abrirem as galerias ao público. Não havendo expediente, iniciamos desde já os nossos trabalhos pela discussão das normas que foram

avocadas para a sessão plenária de hoje. Está em apreciação a proposta 45-C, do PCP, de aditamento de um artigo 20.º-A — Contabilização integral

de todo o tempo de serviço das carreiras e corpos especiais. Tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos, em nome do Grupo Parlamentar do PCP. A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, está nas

mãos da Assembleia da República pôr fim à injustiça que afeta milhares de trabalhadores das carreiras especiais, nomeadamente os professores. O tempo trabalhado tem de ser contado, não pode ser ignorado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Foram seis anos, seis meses e vinte e três dias que os professores

estiveram nas escolas e ensinaram. Este tempo tem de ser considerado na sua carreira. Os professores não precisam de palavras vãs; precisam que sejam reconhecidos os seus direitos, o seu

trabalho e valorizadas as suas carreiras. É desta forma que se atrai mais professores para a profissão e é desta forma que se garante que os alunos tenham os professores a todas as disciplinas.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — É justo, há condições para o fazer, o que tem faltado é vontade política do

PS e dos partidos à sua direita. Não se pode ignorar a hipocrisia do PSD, que agora procura branquear a sua responsabilidade.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Quando em 2019, se não tivesse recuado, traído os professores e votado

contra, dando mão ao PS, hoje o problema estaria resolvido. O Sr. Bruno Dias (PCP): — Bem lembrado! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sim, foi o PSD que apoiou o PS para que todo o tempo de serviço não

esteja ainda a ser contabilizado para efeitos de progressão. O Sr. Bruno Dias (PCP): — Bem-dito! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Mas também não se pode ignorar a demagogia do Chega, quando muitos

dos seus dirigentes ainda estavam no PSD e no CDS e, quando estavam no Governo, desvalorizaram a carreira docente, promoveram a precariedade e o desemprego, e chegaram a convidar os professores a emigrar.

Sr.as e Srs. Deputados, hoje pode, de uma vez por todas, resolver-se este problema e contabilizar todo o tempo de serviço. Não é uma questão de meios financeiros, porque os há. Basta ver o Orçamento que desperdiça recursos em benefícios fiscais para os grupos económicos, em transferências de verbas para os grupos privados e em parcerias público-privadas. É uma questão de opção política. Não se permita que a injustiça permaneça.