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I SÉRIE — NÚMERO 21

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Aplausos do PCP. O Sr. Presidente: — Para intervir sobre o mesmo artigo, tem a palavra a Sr.ª Deputada Joana Mortágua,

do Bloco de Esquerda. A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,

o Governo quis fazer dos professores o pior exemplo. Quis dizer ao País que não se negoceia com representantes de trabalhadores das funções essenciais do Estado — da saúde, da escola —, e todos vimos o resultado disso.

A recuperação do tempo de serviço dos professores era e continua a ser a única coisa que pode desbloquear uma negociação com professores que tanta falta fazem à escola pública.

Não reconhecer o tempo trabalhado pelos professores era e sempre foi uma injustiça, mas, neste momento, é também uma irresponsabilidade, porque o País precisa de professores qualificados e valorizados, o País precisa de um Governo que negoceie com os professores, porque nós precisamos de professores para que a escola pública possa ter futuro.

Aplausos do BE. O Sr. Presidente: — Para intervir sobre o mesmo artigo, em nome do Governo, tem a palavra o

Sr. Secretário de Estado da Educação, António Leite. O Sr. Secretário de Estado da Educação (António Leite): — Muito obrigado, Sr. Presidente, bom dia a

todas e a todos. Sr.as e Srs. Deputados, a minha resposta às palavras vãs que o Governo foi acusado de ter é, tal como já

ontem referi, a seguinte: professores a progredir desde 2018, sendo que, neste momento, 16 % de professores estão no topo da carreira e um número muitíssimo menor de professores nos índices iniciais, ao contrário do que acontecia na altura; professores, a quem é aplicado o acelerador da carreira, a mais de 5000 e durante este ano serão abrangidos 12 000; professores com apoio à renda de casa para os que têm que se deslocar para Lisboa e Vale do Tejo; professores, mais de 8000, vinculados no último concurso; e uma negociação constante com todos os sindicatos, tendo mesmo sido objeto de um acordo relativamente à vinculação de um destes grupos de professores.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Os cortes não são para contabilizar! O Sr. Secretário de Estado da Educação: — Uma coisa é uma acusação de palavras vãs, outra coisa são

os factos, e esses não são vãos, são factos verdadeiros. Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — O Sr. Secretário de Estado tem um pedido de esclarecimento da Sr.ª Deputada Joana

Mortágua, do Bloco de Esquerda, a quem dou a palavra. A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado, os factos são milhares de alunos

sem aulas, porque faltam professores; os factos são a conflitualidade dentro das escolas, porque o Governo não negoceia com os sindicatos; os factos são professores que acampam, porque não têm alojamento quando são deslocados; os factos são professores que pagam para trabalhar e que não conseguem acompanhar as suas famílias e os seus filhos.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — E o que é que o Bloco fez no tempo do PS? Puseram lá o PS e esqueceram-se

dos professores!