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I SÉRIE — NÚMERO 21

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O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — O dinheiro é das pessoas! É das pessoas, não é do Estado! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … e não defender os direitos dos trabalhadores e os direitos das crianças e

dos estudantes nas escolas. Aplausos do PCP. Já quanto ao Chega, aquilo que deixa bem claro é que procura ocultar o seu posicionamento, e quando

muitos dos seus dirigentes estavam no PSD, sempre atacaram os professores. Vozes doPCP: — Exatamente! Protestos do CH. A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Hoje há a possibilidade de fazer uma opção: quem é que quer resolver este

problema, quem é que quer pôr fim a esta injustiça e assegurar o tempo de serviço aos professores e a todos os trabalhadores das carreiras especiais?

Aplausos do PCP. Protestos do CH. O Sr. Presidente: — Passamos agora à discussão da proposta de aditamento de um artigo 21.º-A. Para intervir em nome do Bloco de Esquerda, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires. A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr.as Deputadas,

um dos legados da maioria absoluta do PS vai ser, sem dúvida, e é, a degradação do SNS (Serviço Nacional de Saúde), uma degradação pensada, propositada. Temos, neste momento, mais de 30 urgências com limitações, 1,7 milhões de pessoas sem médico de família, o aumento do tempo de espera para consultas e cirurgia e, de facto, a maioria absoluta do PS conseguiu fazer recuar o País a tempos que não queríamos de volta.

Agora que o Governo que suportavam decidiu demitir-se, agora que este projeto que apoiavam acabou numa crise política, é hora de dizer, e exige-se neste momento, que se pare de dar cabo do Serviço Nacional de Saúde. Já bastaram estes anos de maioria absoluta. O que se pede neste momento — o que os profissionais e os utentes pedem — é que não continuem com o projeto de degradação do Serviço Nacional de Saúde, em vésperas de uma dissolução.

Neste momento, o Governo faz simulacro de negociação atrás de simulacro de negociação. Arrastam-se há 19 meses, sem qualquer intenção de acordo, só à espera que tudo isto acabe. Enquanto isso, o Governo transfere maternidades para o privado, abre os cuidados de saúde primários ao privado e, portanto, estende todo um tapete vermelho ao negócio da saúde. E o Grupo Parlamentar do Partido Socialista alinha neste teatro: de manhã, defendem o SNS, à tarde, chumbam as medidas para trazer e fixar mais profissionais de saúde para o serviço público. Diz que tem muito dinheiro para investir, até há excedentes orçamentais, mas recusa todas as medidas que garantem mais médicos, mais enfermeiros, mais técnicos, mais farmacêuticos.

Portanto, a proposta que está em cima da mesa é muito clara: 15 % de aumento salarial para todos os profissionais do SNS…

O Sr. Pedro Melo Lopes (PSD): — Uau! A Sr.ª Isabel Pires (BE): — … e 40 % para quem queira trabalhar em exclusividade. É simples, significa ter

mais profissionais no SNS ou, então, termos serviços permanentemente encerrados.