I SÉRIE — NÚMERO 21
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O Sr. António Cunha (PSD): — E, ao contrário do Partido Socialista, o PSD tem muito respeito pelos professores e pela escola pública,…
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Nota-se, nota-se! O Sr. António Cunha (PSD): — … sabe que é urgente atrair professores para a carreira e sabe que é
importante reter os professores que temos na carreira e nas nossas escolas, motivados e com uma carreira digna.
Portanto, para o PSD, a educação é fundamental, é por isso que nós sabemos que liderar é fazer escolhas e já as fizemos nos Açores e na Madeira. O nosso compromisso é, a partir de 2024, contarmos todo o tempo de serviço dos professores durante cinco anos, à razão de 20 % ao ano.
Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. António Cunha (PSD): — Queremos que os portugueses saibam que para nós a educação é
importante. Não vamos continuar a assistir à degradação do nosso sistema educativo e das nossas escolas e tudo faremos para que não seja normal haver milhares de alunos sem professores durante o ano letivo.
Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Sobre o mesmo artigo, para intervir em nome do Grupo Parlamentar do Chega, tem a
palavra o Sr. Deputado Gabriel Mithá Ribeiro. O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — Sr. Presidente de algumas bancadas, Sr.as e Srs. Deputados,
Srs. Membros do Governo, o partido Chega apresenta uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2024 que permite a recuperação integral do tempo de serviço dos professores.
O processo deve ser negociado com os sindicatos dos professores até um prazo máximo de três anos. Governar oito anos consecutivos e deixar o Ministério da Educação em situação crónica de desequilíbrio financeiro é tudo o que o sentido de responsabilidade social e cívica jamais pode ser.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Ah, o que vocês querem é despedir professores! O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — A questão é tanto mais sensível quando está em causa o maior
grupo socioprofissional do País. O Sr. Bruno Nunes (CH): — Muito bem! O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — Estamos a falar de 150 000 profissionais com formação média e
elevada, dispersos praticamente por todas as freguesias, concelhos e distritos do País. Portanto, é Portugal que está em causa.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem! O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — O congelamento da contagem do tempo de serviço dos professores e
os maus salários constituem o retrato cruel do abandono de uma sociedade inteira pelo poder político narcísico, que só se preocupa consigo mesmo e com os seus.
Aplausos do CH. Já nem refiro a indisciplina, a burocracia e as escolas degradadas, que martirizam um grupo
socioprofissional predominantemente feminino, para quem enche a boca com a defesa das mulheres.