I SÉRIE — NÚMERO 21
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O Partido Socialista é incompetente. É incompetente porque diz que faltou planeamento aos outros governos todos — os governos do Partido Socialista e alguns deles apoiados pela esquerda. O PS é negligente. Esta negligência do Partido Socialista afeta, diariamente, os portugueses e os doentes.
Ainda ontem, mais uma vez, por incompetência do Partido Socialista, voltaram a falhar as negociações com os médicos.
Sr.as e Srs. Deputados, a saúde não pode esperar e ao fim de oito anos, depois de o Sr. Primeiro-Ministro, António Costa, prometer neste Parlamento que, em 2017, todos os portugueses teriam médico de família, é hora de fazer o teste do algodão e vamos ter eleições.
Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. Pedro Melo Lopes (PSD): — É que o algodão, ao contrário do Partido Socialista, não engana. Não,
vocês não conseguiram cumprir essa promessa eleitoral e isso é uma marca, um fracasso da vossa governação: 1 milhão e 700 mil portugueses sem médico de família, quando, em 2011, apenas existia um milhão de portugueses sem médico de família e o PSD iria resolver o problema, com toda a certeza.
Agora está novamente nas nossas mãos. Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Sobre a mesma proposta, para intervir em nome do Grupo Parlamentar do PCP, tem
a palavra o Sr. Deputado João Dias. O Sr. João Dias (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, o aumento da
remuneração dos salários dos profissionais de saúde é urgente, é necessário e é possível, tal como a de todos os trabalhadores no geral.
É evidente que o PCP também deixa aqui um alerta. É que para muitos dos grupos profissionais de saúde este aumento de 15 % proposto agora pelo Bloco de Esquerda pode ser insuficiente, tal é a desvalorização das carreiras. Muitas delas têm mais de uma década de desvalorização.
Por isso, o que importa é valorizar estas carreiras — falo dos enfermeiros, dos assistentes operacionais, dos farmacêuticos —, em que manifestamente o aumento de 15 % é insuficiente. No caso dos enfermeiros, falo de paridade à carreira técnica superior da Administração Pública.
Portanto, defendemos, sim, o aumento e a valorização dos salários de uma forma geral para todos os trabalhadores.
Aplausos do PCP. O Sr. Presidente: — Para intervir em nome do Governo sobre esta proposta, tem a palavra o Sr. Secretário
de Estado da Saúde, Ricardo Mestre. O Sr. Secretário de Estado da Saúde (Ricardo Mestre): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, queria
só deixar aqui alguma da realidade do SNS, porque falou-se de disfarce negocial, falou-se de valorizar profissionais e gostaria de destacar os 20 000 enfermeiros que viram o seu posicionamento remuneratório revisto, no final do ano passado, no valor de 80 milhões de euros; os 24 000 técnicos auxiliares que, agora, passarão para uma nova carreira de técnico auxiliar de saúde; os 4000 profissionais com contratos individuais de trabalho que viram a sua equiparação em funções públicas, valorizando-os em 34 milhões de euros.
Aplausos do PS. Queria também falar dos 3100 profissionais do hospital de Loures e de Vila Franca de Xira que tiveram a
equiparação ao ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) da Administração Pública, como uma valorização. Queria falar também da negociação com os sindicatos médicos, porque ouvi falar aqui de 15 % e queria
recordar que o Governo, no âmbito da dedicação plena, tem uma proposta de valorização salarial superior a