I SÉRIE — NÚMERO 23
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É por isso que hoje nos apresentamos a este Plenário com mais de cinco milhões de portugueses a trabalhar,
com a criação de mais de um milhão de postos de trabalho…
Aplausos do PS.
… e com a certeza de que não respondemos à crise da inflação ou à crise da covid…
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Isso é verdade, não responderam!
A Sr.ª Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: — … com desemprego nem com cortes dos
salários; respondemos com o lay-off para que ninguém perdesse o seu salário; respondemos com o lay-off para
que ninguém perdesse o seu emprego. É assim que se faz num Estado social forte, como aquele que este
Governo aqui deixa para as próximas gerações.
Aplausos do PS.
Sr.as e Srs. Deputados, falar verdade e falar do futuro é que contas certas, para este Governo, não é apenas
dizer que temos o lugar no pódio das contas certas; contas certas é não enganar os portugueses…
Protestos da Deputada do PSD Sónia Ramos.
… e é deixar às futuras gerações aquilo que é possível fazer num País e numa sociedade decentes; é dizer
que a dívida pública ficará abaixo dos 100 % do PIB;…
Protestos do Deputado do PSD António Cunha.
… é dizer que há um excedente orçamental; é dizer que há mais emprego e é dizer, sobretudo, que aqueles
que aqui queiram trabalhar, viver, construir as suas vidas, podem e devem, porque aqui todos cabem e todos
têm lugar.
Aplausos do PS.
Sr.as e Srs. Deputados, àqueles que não tiveram respeito por um princípio basilar de uma sociedade
democrática, que é a solidariedade intergeracional, nós respondemos-lhes dizendo que se os mais novos
precisaram de ser qualificados, precisámos de apostar na escola pública — sim, na escola pública —,
precisámos de apostar na ciência e na inovação — sim, apostámos na ciência e na inovação. Por isso, hoje
temos uma taxa de abandono escolar que é histórica na nossa democracia.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Claro, passam todos!
A Sr.ª Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: — Por isso, hoje temos um número recorde de
estudantes que entram para o ensino superior, de jovens qualificados que merecem continuar a ver os seus
salários valorizados.
Aplausos do PS.
Mas não esquecemos aqueles que, porque uma ditadura ou porque uma democracia não lhes conseguiu dar
todas as oportunidades, trabalharam a vida inteira, e que apesar de não terem qualificações, trabalharam,
trabalharam, trabalharam e mereceram ver valorizadas as suas pensões, porque isso é tratar com dignidade as
gerações mais velhas.
Aplausos do PS.