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I SÉRIE — NÚMERO 33

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No Algarve, em Castelo Branco, em Lisboa, no Porto ou em Setúbal, homens e mulheres com posses vêm a

Portugal obter tratamentos para o cancro e para o HIV (vírus da imunodeficiência humana), quando podiam bem

pagá-los nos seus países de origem. Mas não. Como diz o povo, os tontos, os parvos e os estúpidos somos

nós, que andamos a pagar para aqueles que tinham o poder de pagar e não o querem fazer em Portugal.

Aplausos do CH.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, talvez estas verdades custem a ouvir à democracia portuguesa, mas elas

têm de ser audíveis, como audível tem de ser a voz dos milhões que pagam um sistema que não funciona e ao

qual não têm acesso.

As gémeas brasileiras…

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Não são brasileiras, pá! A mãe é portuguesa!

O Sr. André Ventura (CH): — … obtiveram a nacionalidade portuguesa em 14 dias. Se este número de 14

dias não nos envergonhasse, devia ao menos fazer pensar aqueles que hoje ainda sentem o que é ser

português. Num País em que a média é de 20 ou de 30 meses ou, nalguns casos, de anos para se obter a

nacionalidade, a terceira mão funcionou como nunca e obtiveram-se nacionalidades em 14 dias.

Sim, Sr. Presidente, as cadeiras elétricas custaram 58 000 €, mas nunca uma criança portuguesa as teve,

pagas por este sistema de saúde.

Vozes do PS: — Mentira!

O Sr. André Ventura (CH): — Isto só nos deve envergonhar a todos, à medida que o País avança para uma

nova escolha.

Aplausos do CH.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Mentiroso!

O Sr. André Ventura (CH): — Sim, Sr. Presidente e Srs. Deputados, estas gémeas brasileiras tiveram acesso

a cadeiras de que nunca crianças portuguesas beneficiaram, até esta altura. Se isto está bem convosco, se isto

está bem com a nossa consciência, é porque há muito tempo que perdemos o coração que nos faz sentir

portugueses e o orgulho que temos nesta Nação que ajudámos a construir.

A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Toma um calmante!

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. André Ventura (CH): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Custaram 58 000 €, quando ouvimos ainda hoje pais a dizer que estão à espera das cadeiras elétricas para

os seus filhos. Acho que isto nos devia fazer pensar a todos sobre o País que estamos a construir e sobre o

País que construímos nas últimas décadas.

Da nossa parte, não teremos dúvidas: será sempre Portugal primeiro e os portugueses primeiro.

Aplausos do CH, de pé.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Só falta estender um bracinho!

O Sr. Presidente: — Para intervir, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra a Sr.ª Deputada

Andreia Neto.