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5 DE JANEIRO DE 2024

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E o que é que aconteceu? A economia portuguesa, ano após ano, derrota os pessimistas; é um cemitério das projeções apocalípticas.

Aplausos do PS. E os números… Não há nada como olhar para os números e ter uma perspetiva do caminho que se está a

percorrer. Creio que a Sr.ª Ministra já disse aqui, com muita clareza, que há um compromisso muito forte deste Governo

e deste Primeiro-Ministro com a reposição dos rendimentos, com os salários. Isso está refletido em todos os números: no aumento do salário mínimo nacional, de 62 % em oito anos; no aumento de mais de 45 % do salário médio.

E àqueles que minimizavam o efeito do salário mínimo nacional na economia, aconselho-os a lerem todos os estudos. O salário mínimo é uma das variáveis que mais impacto tem, não só na valorização como na transformação da economia, e esse caminho está a ser percorrido.

É pouco? Também acho que sim, mas temos em 2024 o maior aumento do salário mínimo nacional de sempre, e temos um dado que é crucial e destrói todos os argumentos: quando olhamos para o fim de 2022, a massa salarial declarada à Segurança Social atingiu os 58 200 milhões de euros — 11 % acima, quando comparamos com 2021; 62 % acima, quando comparamos com 2005.

Nunca tanta gente trabalhou no País, tem salários, está envolvida na economia,… Aplausos do PS. … e estes dados são devastadores para os pessimistas, para aqueles que vivem numa espécie de bolha do

dramatismo e que pintam a situação pior para o País. E isso ainda é mais sensível noutra variável, que é absolutamente crucial: quantas pessoas estão a trabalhar,

hoje, em Portugal? Mais de 5 milhões de pessoas. Nunca o País atingiu uma tal população empregada, e combater a precariedade, combater a pobreza significa dar mais trabalho, dar mais condições para as pessoas funcionarem.

O filósofo francês Georges Bataille disse, há muitos anos, que o trabalho é o alicerce do homem. Foi pelo trabalho que a humanidade se emancipou da sua condição animal.

E o filósofo de origem portuguesa Baruch de Espinosa disse que não há liberdade sem dignidade. Por isso é que aqueles que diminuem a Agenda do trabalho mínimo… do Trabalho Digno e todo o impacto que tem na economia estão errados. O trabalho digno, a dignidade é precisamente crucial.

Aplausos do PS. O Sr. Filipe Melo (CH): — Trabalho mínimo, salário mínimo! O Sr. Ministro da Economia e do Mar: — Com tudo aquilo que se está a fazer para a transformação da

economia portuguesa, o que é que temos? A economia portuguesa cresceu 6,8 % em 2022, o maior crescimento desde 1987,…

O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — E a inflação? O Sr. Ministro da Economia e do Mar: — … mas como é um número excelente não interessa. A economia portuguesa, em 2023, numa conjuntura externa extremamente difícil, com duas guerras, tensões

geopolíticas, custos ao nível da inflação e do custo de vida, respondeu crescendo 2,2 %: é três vezes acima do crescimento da União Europeia, e é mais um ano em que estamos a convergir.

Quando olhamos para o que se está a passar ao nível da capacidade exportadora do País, os números são extraordinários, e, atenção, os números não mentem! É fácil construir uma visão negativista do País alinhada por narrativas descoladas da realidade, mas é fundamental construir uma visão para o País baseada nos números.