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I SÉRIE — NÚMERO 36

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Só vos quero dizer é que o povo português tem consciência. Em março, no dia das eleições legislativas, o povo português terá consciência e irá votar no partido que mostrou que tem um caminho alternativo para a saúde. E esse partido é o Partido Social Democrata.

Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Para encerrar o debate… Pausa. Ainda não é para encerrar o debate. Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Soares. O Sr. João Dias (PCP): — Mais inveja para o PSD! O Sr. Luís Soares (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: No final deste debate, há uma grande

conclusão que se retira, que é a de que os partidos à nossa direita fazem mesmo do debate da saúde a sua tábua de salvação.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — A tua direita é para lá, não é para cá! O Sr. Luís Soares (PS): — E, para aqueles que se procuram constituir como uma alternativa, queria deixar

aqui, se me permitem, com toda a humildade, uma recomendação. Têm de fazer um bocadinho mais, porque, antes de olhar para o futuro, é preciso fazer um ato de contrição sobre o papel e o trabalho que fizeram no passado.

O Sr. João Moura (PSD): — Vamos lá começar por aí, vê lá se vais ao Guterres! O Sr. Luís Soares (PS): — O último ato legislativo do Governo do PSD/CDS, da defunta AD, citando o

Sr. Deputado João Dias, foi precisamente a extinção de 11 serviços de urgência. Vejam bem, Srs. Deputados, o último ato, ao cair do pano, foi o encerramento de 11 serviços de urgência. Pois os que, há oito anos, pela última vez, encerraram 11 serviços de urgência, são os mesmos que hoje vêm dizer que as urgências não são suficientes para todos os portugueses.

Aplausos do PS. Os que hoje vêm aqui carpir mágoas relativamente aos profissionais de saúde são os mesmos que, há oito

anos, deixaram o maior legado de destruição para os trabalhadores, para aqueles que, no dia a dia, dão o corpo para que os serviços de saúde continuem a funcionar.

Portanto, Sr.as e Srs. Deputados, têm de fazer um bocadinho mais, porque os portugueses, felizmente, não se deixam enganar. Os portugueses sabem bem o que querem, e lembram-se daquele que foi o período mais negro da história do Serviço Nacional de Saúde, de cortes, de destruição, que tanto trabalho tem dado a recuperar.

E, sim, Srs. Deputados, nós sabemos que não está tudo feito, sabemos que é preciso ainda fazer mais. Mas há uma coisa que nos distingue bem, que é o ideário principal do Serviço Nacional de Saúde, o princípio de solidariedade subjacente, que tanta falta fez na pandemia, quando até os liberais diziam, vejam bem: «Agora, sim, é preciso o Estado; na pandemia, é preciso que o Estado compre mais, faça mais, trabalhe mais para dar saúde aos portugueses.»

Nesse período, nós nunca nos distanciámos disso, sobretudo fazendo-o de forma universal, independentemente da condição social de cada um.

Protestos do Deputado da IL João Cotrim Figueiredo.