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10 DE JANEIRO DE 2024

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Ao longo desta Legislatura tivemos oportunidade, em vários momentos, de aqui trazer propostas concretas, de trazer aquele que era o nosso plano ferroviário nacional e de suscitar o debate sobre todas estas matérias.

É certo, Srs. Deputados que, nesta matéria, Portugal está atrasado relativamente a outros países europeus. Olhamos em volta, vejamos Espanha, vejamos França, vejamos Itália, vejamos os Países Bálticos e até outros países de Leste que, de facto, nos últimos anos, deram um salto em termos da qualidade na sua ferrovia, e Portugal ficou para trás.

Atualmente, Srs. Deputados, fazer a ligação entre Porto e Lisboa demora cerca de três horas, mais ou menos o mesmo tempo que demorava fazê-lo na década de 80 do século passado, ou até um pouco mais.

Portanto, quando falamos de alta velocidade, falamos de encurtar o País no que diz respeito às distâncias, mas falamos também de fazer o País crescer em termos de oportunidades, de novas centralidades, de crescimento económico.

E não estamos, Srs. Deputados, a fazê-lo apenas na perspetiva do litoral do País; estamos também a pôr o interior e o litoral mais próximos, porque só essa via estruturante de alta velocidade entre Porto e Lisboa poderá, depois, fazer encurtar, com um novo investimento em termos de ferrovia, as distâncias também com o interior.

É certo também, Srs. Deputados, que tivemos um atraso claro, muito por responsabilidade do Partido Socialista. É caso para dizer que o Partido Socialista, ao longo das últimas décadas, arrastou os pés também nesta matéria.

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Muito bem! O Sr. Rui Rocha (IL): — E, portanto, entre um PS que arrasta os pés e um PSD que hesita, a Iniciativa Liberal

avança, e avança para este projeto com confiança. Aplausos da IL. E mais do que isso. Atrevo-me mesmo a dizer que, numa futura solução governativa que saia das próximas

eleições, a Iniciativa Liberal será a locomotiva do desenvolvimento ferroviário em Portugal e também do projeto de alta velocidade.

Aplausos da IL. É, portanto, muito importante que se avance com este projeto de alta velocidade, até porque a Linha do Norte

está, neste momento, saturada e também não é solução, Srs. Deputados, utilizá-la para fins de alta velocidade. É preciso fazer uma segregação das utilizações, reservando a Linha do Norte para aquele que é o transporte

de mercadorias e o transporte de proximidade, e construir, portanto, a linha de alta velocidade, que possa fazer uma ligação entre Porto e Lisboa, estruturando depois os restantes investimentos na ferrovia.

Portugal tem de crescer, a ferrovia tem de crescer, a Iniciativa Liberal está cá para fazer crescer Portugal. Com o PS, o País ficou quase nove anos a ver passar os comboios. É hora de mudar! E a Iniciativa Liberal

aqui está, com soluções e competência, para executar estes e outros projetos que ponham Portugal a crescer, rumo a um futuro melhor.

Aplausos da IL. O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra o Sr.

Deputado António Topa Gomes. O Sr. António Topa Gomes (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados:

Permitam-me começar esta intervenção por um pequeno relato da campanha eleitoral de há dois anos, no distrito de Aveiro.

Fui cabeça de lista pelo PSD, em Aveiro, tendo como opositor direto o Ministro Pedro Nuno Santos. Todos diziam que era um adversário temível, porque o fazedor Pedro Nuno Santos estava a gastar uns milhões de euros na Linha do Vouga, infraestrutura ferroviária muito importante para o distrito.