I SÉRIE — NÚMERO 37
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Risos do Deputado do CH Bruno Nunes. O PS, hoje, que tem um projeto de resolução, pede: «Ajudem-nos!». E pede ao Governo que governe —
curiosamente, ao Governo que também está de saída. O Sr. André Pinotes Batista (PS): — Fomos nós que agendámos este debate, Sr. Deputado, caso não se
lembre! O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — O PS não quer, nem pode, falar aos portugueses em saúde; o PS
não quer, nem pode, falar em educação; o PS não quer, nem pode, falar em justiça; o PS não pode falar em pobreza; o PS não pode falar em imigração; o PS não pode falar em serviços públicos. Mas o PS quer, ao menos, falar de Pedro Nuno Santos.
Ora, o problema do ex-Ministro e futuro Deputado Pedro Nuno Santos é o de que ele tem um passado que o persegue, porque onde ele toca estraga.
Como o Deputado Pedro Nuno Santos tem fraca memória, nós vamos avivar essa memória. Na habitação, onde passa estraga. Nada foi feito, degradação total, e o estado calamitoso da habitação acabou como o Programa Mais Habitação. Triste memória! No aeroporto, passou e estragou. Todos nos recordamos, Sr. Deputado, daquela cena gaga em que tenta trair o acordo com o PSD e, apanhando o Primeiro-Ministro em Espanha, anuncia não um mas — à socialista! — dois aeroportos.
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Cinja-se ao debate de hoje! O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Como é que terminou? Terminou com um Ministro desautorizado e
a pedir desculpa. Foi embaraçoso! Protestos do PS. Continuando: na TAP (Transportes Aéreos Portugueses), por onde passou estragou. Aderiu à tese das vacas
que voam e decidiu que a empresa não podia ser privada e tinha de ser pública e, portanto, lá injetou todo o dinheiro que a União Europeia autorizou — 3200 milhões de euros. Entretanto, e empresa já não pode ser pública, tem de ser privada, mas não há ninguém, nesta Sala, que garanta que os portugueses vão tornar a receber o dinheiro que lá colocaram.
Aplausos do PSD. Protestos do PS. Mas pior, Srs. Deputados: a TAP acabou pior ainda, acabou com um Ministro a demitir-se por ter gerido a
TAP por WhatsApp e por se ter esquecido de uma indemnização de 500 000 €. Este Ministro demitiu-se porque entendeu, e cito, que «face à perceção pública e ao sentimento coletivo
gerado» não mais serviu para Ministro. Não serviu para Ministro, mas querem que sirva para Primeiro-Ministro! Aplausos do PSD.Até nas ações dos CTT (Correios de Portugal), Sr. Deputado, aquilo foi patinar de um dia para o outro. Foi à
socialista! Protestos do PS. Mas agora querem falar de ferrovia e de TGV (train à grande vitesse). Não dos oito anos passados, mas,
sim, do futuro. Sobre TGV, Sr. Deputado, quero deixar claro o seguinte: o Grupo Parlamentar do PSD votará