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I SÉRIE — NÚMERO 39

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Este pequeno relato é um bom exemplo de que o Partido Socialista chega a este debate e não consegue dizer, sobre uma área importante para o nosso País, o que é que efetivamente fez. Por outro lado, há também as promessas do que anunciou e nunca chegou a cumprir.

Não tendo o Partido Socialista tempo para responder, penso que, se calhar, provavelmente o Ministro da Cultura irá responder ao PSD. Mas há algo que depois, desta intervenção, não podíamos deixar de sinalizar: na oposição fizemos a nossa parte. Fosse nos orçamentos do Estado, fosse nas propostas que aqui apresentámos, demonstrámos esta preocupação. Portanto, Sr.as e Srs. Deputados, lamentamos que o Partido Socialista não tenha tido a capacidade de apresentar uma única medida que tenha defendido, ou que queira defender para futuro, no âmbito do fortalecimento da comunicação social.

Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do Grupo Parlamentar do PCP, tem a palavra a

Sr.ª Deputada Paula Santos. O Sr. Pedro Pinto (CH): — É do PCP?! É do Champalimaud! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O PCP

dirige uma primeira palavra aos trabalhadores do Grupo Global Media. Uma palavra de solidariedade à sua unidade, força, à ação de luta que desenvolveram no dia de ontem, mas, sobretudo, à sua combatividade na defesa dos seus direitos, na defesa dos seus postos de trabalho, na defesa também de uma imprensa livre, de uma imprensa plural e independente.

Aplausos do PCP. É com grande preocupação que o PCP está a acompanhar toda esta situação. A intenção de despedimento

de 200 trabalhadores do Grupo Global Media é inaceitável. Temos um ataque aos próprios trabalhadores. É isto que está aqui em cima da mesa, com salários em atraso, com o subsídio de Natal que não foi pago, com a suspensão dos contratos com os correspondentes, em particular no Jornal de Notícias. Tudo isto é um ataque aos direitos dos trabalhadores e exige, sim, uma firme intervenção por parte do Governo, na defesa destes direitos.

O Sr. João Dias (PCP): — Claro! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — O Governo tem a responsabilidade de assegurar que os direitos dos

trabalhadores são cumpridos, são salvaguardados, são respeitados. Esta é a responsabilidade por parte do Governo.

Mas o Governo tem também a responsabilidade de intervir para salvaguardar estes postos de trabalho. São 200 trabalhadores — jornalistas, gráficos, técnicos —, são, de facto, muitos e muitos trabalhadores que não sabem como é que vai ser o seu dia de amanhã, com tudo o que está em cima da mesa.

São os trabalhadores que têm pagado a fatura dos mandos e desmandos das diversas administrações do Grupo Global Media. E esta é uma situação com a qual não pode haver conivência, não pode haver cumplicidade, porque de facto são eles que, todos os dias, com o seu esforço, com a sua dedicação, com o seu trabalho, contribuem para o direito, plasmado na nossa Constituição, a uma imprensa livre, plural e independente.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Muito bem! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — E é esse desígnio que queremos também aqui defender. Preocupamo-nos também com tudo o que esta situação suscita, podendo colocar em causa a continuação

destes órgãos de comunicação social que integram o Grupo Global Media. De facto, a situação é de grande preocupação, como aqui referimos.