O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 32

44

O Sr. Bruno Ventura (PSD): — O PS trouxe-nos um plano para debate, sobre o que se vai fazer, justamente

porque assim pretendia evitar o escrutínio da sua execução.

Mas o País sabe que foi o atual líder do PS que titulou a pasta das infraestruturas nos últimos anos. Se

tivéssemos um quilómetro de obra por cada vez que Pedro Nuno Santos usa a palavra «ferrovia», não

estaríamos a ter esta discussão, porque o plano já estaria concluído.

Aplausos do PSD.

Se Pedro Nuno Santos exige os méritos da ferrovia, então devemos dar-lhe todos os méritos, mas também

as responsabilidades.

Para quem não sabe, o plano apresentado em 2016, há oito anos, chamava-se Ferrovia 2020, porque era

suposto estar terminado em 2020-2021.

Dos seus 26 projetos, seis terminaram com atraso, um foi chumbado, 18 ainda estão em execução e o que

sobra ainda não começou.

Ao Governo eleito em 2024 pede-se que execute um plano apresentado em 2016! Olhem bem: mil milhões

de euros depois, mais de 2800 dias depois, o mérito é quase todo de Pedro Nuno de Santos.

Como aumentaram as portagens ferroviárias em 23 %, há menos de 10 % de comboios de mercadorias e

mais de 20 000 camiões nas estradas portuguesas.

E vai ficar pior agora, depois de terem eliminado as portagens rodoviárias! Mas, quando isto acontecer, o

mérito será todo de Pedro Nuno Santos.

Olhemos agora também para o mercado do setor em países com os quais gostamos de nos comparar. Para

fazer Madrid-Barcelona existem três empresas diferentes, valor de mercado 19 €. Paris-Leon: três empresas,

valor de mercado de 53 €. Londres-Manchester: seis empresas, valor de mercado de 59 €. Para fazer Lisboa-

Porto, temos a CP — que custou 3 milhões de euros — ou os autocarros, como o Flixbus, que só custa 10 € por

viagem. O mérito é de Pedro Nuno Santos.

Aplausos do PSD.

E para garantir o sucesso das empresas, como a Flixbus, em vez de a rodovia pagar a ferrovia, o Secretário-

Geral do PS conseguiu fazer o pleno: com a abolição das portagens de algumas SCUT, quem anda de comboio

vai passar a pagar as autoestradas.

O legado de Pedro Nuno Santos mede-se em dias, em percentagens e em largas centenas de milhões de

euros.

Caros Colegas, há aqui um padrão: foi assim na TAP (Transportes Aéreos Portugueses), foi assim no novo

aeroporto, foi assim na habitação e foi assim na ferrovia.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Bruno Ventura (PSD): — Foi, digamos, um colossal «inconseguimento». Um «inconseguimento» que

saiu caro ao País.

Termino, saudando a enorme coragem política dos seis Deputados socialistas que, com Pedro Nuno Santos,

assinaram este projeto de resolução, mesmo sabendo que podia não ser boa ideia levantar este assunto, que

podia trazer a debate a execução da ferrovia, as derrapagens nos prazos e nos custos, o aumento do tráfego

na rodovia — mesmo sabendo isso tudo, fizeram-no. É digno de nota.

Agora é tempo de deixarmos de proclamar visões únicas sobre a realidade ou anunciar revoluções em curso.

Para nós, é tempo de fazer acontecer. Mãos à obra!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — O CDS-PP cedeu tempo ao PSD, pelo que foram acrescentados 38 segundos ao tempo

de intervenção disponível para o PSD.

Páginas Relacionadas
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 32 50 Submetido à votação, foi aprovado, com os voto
Pág.Página 50