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26 DE ABRIL DE 1986

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No instante 7,44 seg.— Abertura do pólo da fase 0 do disjuntor da linha Pocinho-Vila Chã l na SPN, por actuação em I." escalão da protecção de disiúncia. Na SPN deixa de ser registada a influência do curto-circuito sobre a fase 0:

No instante /u —7,56 scg. — disparo da linha Rio Maior-Cedillo em Codillo, por actuação do relé de potencia al instalado (regulado = 850 MW) Na SRM registou-se uma potência em transito de aproximadamente 1250 MVA nos instantes anteriores ao seu disparo;

No instante /l2 = 7.73scg. — evolução do defeito afectando com maior intensidade as fases 8 e 4, passando-se a registar na SPN Vf = V4=78 kV;

No instante íu = 7,87 scg. — disparo definitivo da linha Pocinho-Vila Chã l na SPN, por actuação da protecção de distancia em 1." escalão, fases 8 c 4. A evolução do defeito que conduziu a esta actuação ocorreu antes de ter sido emitida urna ordem de religação em consequência da 1actuação da protecção observada em tio. A partir deste instante, considera-se eliminado o defeito que deu origem a este incidente.

3 — Após o corte da última interligação (linha Rio Maior-Cedillo) registou-se uma descida gradual de frequência, o que, não obstante a actuação do sistema de desastre frequenoimétrico que se encontra implementado, levou ao disparo geral da rede.

4 — No dia 14 de Agosto de 1985 foi detectada a existência de uma avaria nos circuitos secundários de corrente que alimentam as protecções e o oscilopertur-bógrafo da LPNVCI na SP (curto-circuito entre os condutores das três fases, junto dos terminais de aperto do bloco de transformadores auxiliares que alimentam as unidades de registo de corrente do osciloperturbó-grafo) (v. anexo 4).

Foram realizados ensaios no dia 15 de Agosto de 1985, que permitiram comprovar que as protecções de distância e de máximo de intensidade (instaladas a jusante do referido osciloperturbógrafo) não eram correctamente alimentadas pelas correntes secundárias fornecidas pelos transformadores de intensidade principais.

Comentários

Em face do exposto, podemos tecer as seguintes considerações:

a) A falta de selectividade que se verificou no sistema de protecções ligado à SPN ficou a dever-se à avaria descrita no n." 4, detectada nos circuitos secundários de corrente da linha em defeito.

Contudo, a protecção de distância da LPNVCI instalada na SPN ainda veio a actuar eliminando o defeito, em consequência das repercussões ocorridas na rede após o corte das interligações a 220 kV (tio a /»).

b) As características resistivas do defeito na sua fase inicial e as condições particulares da rede na

ocasião do incidente (forte injecção de potência na SPN proveniente da importação e fraca contribuição para o defeito de corrente homopolar na SVC) conduziram a que a protecção de distância da LPNVCI na SVC só viesse a arrancar após a evolução do defeito para bifásico (instante t\).

c) A evolução do defeito descrita no n.° 2 — para defeito bifásico sem terra ao fim de 2,00 segundes — condicionou a actuação dos relés direccionais de terra instalados nas linhas de interligação.

Na sequência da evolução referida, vieram a actuar as protecções de Ml das linhas PNAA e PNSLL na SPN e a protecção de distância da linha BTAA em Aldeã d'Avila (respectivamente instantes h, t» e ti).

d) A próxima entrada em serviço da protecção diferencial do barramento de 220 kV da SPN (neste momento em curso de instalação), além de aumentar a selectividade e a rapidez na eliminação de defeitos de barras e permitir a eventual utilização de esquemas de exploração que minimizem as consequências deste tipo de incidentes, permitirá ainda vigiar e detectar eventuais interrupções em circuitos de corrente.

é) Refira-se que nas novas instalações da rede de transporte em MAT existem sempre dois circuitos secundários de corrente para alimentar separadamente duas protecções (principal e de reserva), o que contribui para anular, praticamente, a probabilidade da falha de actuação das protecções com uma anomalia, como a verificada neste incidente, num dos circuitos de corrente.

Sacavém, 4 de Outubro de 1985. — Francisco Martins — /. Pombo Duarte. — O Responsável Técnico, L. Henriques da Silva. — O Responsável do Departamento, Ferin Cunha.

Informações recebidas das subestações e centrais

Estado do tempo: bom.

Localização do defeito: linha Pocinho-Vila Chã I, aproximadamente a 50 km da SVC.

Origens: incêndio que deflagrou sob a LPNVCI.

Consequências: em virtude da existência de uma avaria localizada nos circuitos secundários de corrente da linha em defeito na SPN, conduzindo ao funcionamento incorrecto das respectivas protecções, dispararam as 4 linhas de interligação com Espanha, levando ao disparo geral da rede nacional (com excepção dos consumos alimentados pela linha de interligação Lin-doso-Conchas em rede separada).

Interrupções de serviço e de fornecimento de energia: paralelo com a rede europeia às 13 horas e 55 minutos através da LBTAA. Os consumos ficaram normalizados às 15 horas e 6 minutos, exceptuando-se os da SBL (subestação abandonada), que foram respostos às 16 horas e 0 minutos.

Observações: a abertura da linha Rio Maior-Cedillo na SRM ocorreu às 13 horas e 57 minutos, por recepção de telecomando enviado por CediJlo.