O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

648

II SÉRIE — NÚMERO 12

Artes e Ofícios, actualmente em reconversão total, e que alberga 150 rapazes das camadas mais desfavorecidas da região nortenha.

Está em organização um lar de terceira idade, com edifício já cedido, que neste momento está em fase de adaptação das instalações e arranjo de equipamento.

Há nos Carvalhos dois jardins-de-infância, com dezenas de crianças, muitas transportadas, desde as suas casas, em carrinhas próprias, desses jardins.

Ainda no respeitante à cultura e regionalismo, deve referir-se dois ranchos folclóricos, bem organizados e com provas dadas em Portugal e no estrangeiro.

Quanto a desporto, tem os Carvalhos um bom pavilhão gimnodesportivo, pertença do Clube de Hóquei dos Carvalhos, clube ecléctico em provas de alta competição nacional e internacional.

Outro pavilhão desportivo, onde já têm actuado equipas estrangeiras, situa-se nos terrenos do Colégio Internato dos Carvalhos.

Há também uma associação columbófila, com dezenas de sócios, cuja importância ombreia com as melhores e maiores do concelho.

No capítulo de assistência e saúde, é nos Carvalhos que está instalada a direcção da zona funcional da Administração Regional de Saúde, que abrange os Centros de Saúde dos Carvalhos, Olival, Sandim, Crestuma, Lever e Pé de Moura, sendo o maior o dos Carvalhos, onde dezoito médicos (alguns especialistas), dez enfermeiros e variado pessoal administrativo prestam assistência a 35 000 utentes.

Há uma corporação de bombeiros voluntários, fundada em 1917, com equipamento moderno, em edifício próprio, com uma frota de doze viaturas, entre ambulâncias e prontos-socorros, bem apetrechadas, com um corpo activo e auxiliar de cerca de 40 elementos, alguns com carácter efectivo, estando em reorganização a respectiva fanfarra.

Há três farmácias que servem uma população (própria e vizinha) de mais de 40 000 pessoas.

Há duas clínicas privadas, servidas por clínicos gerais c especialistas, bem como enfermagem apta a servir as populações. Só nos Carvalhos e num perímetro de 5 km residem quinze médicos.

Ainda no capítulo da saúde, há uma associação de socorros mútuos, com consultas clínicas, das 8 às 20 horas, onde prestam serviço dez médicos de clínica geral e nove especialistas a cerca de 20 000 sócios.

Há ainda duas instituições de caridade (Conferência de São Vicente de Paulo e O Bom Samaritano), que ajudam os mais necessitados (casas de habitação, aluguéis, medicamentos, etc), para além da assistência moral a cargo de dezenas de vicentinos c samaritanos.

No centro dos Carvalhos há uma estação dos CTT, uma instituição bancária com movimento desusado e uma repartição de finanças, a única fora da cidade de Gaia.

A povoação dos Carvalhos possui cerca de 4500 eleitores.

Face ao exposto, fica demonstrado que a povoação dos Carvalhos preenche e ultrapassa os requisitos da Lei n.° 11/82, de 2 de Junho, para poder ser elevada à categoria de vila.

Nesta conformidade, o deputado do Partido Social--Democrata abaixo assinado apresenta à Assembleia da República, nos termos do n.° 1 do artigo 170.° da Constituição da República, o seguinte projecto de lei:

Artigo único. A povoação dos Carvalhos, no concelho de Vila Nova de Caia, é elevada à categoria de vila.

Assembleia da República e Palácio de São Bento, 13 de Novembro de 1986. —O Deputado do PSD, Manuel Moreira.

PROJECTO DE LEI N.° 302/IV elevação 0e grijó a categoria de vila

A freguesia de Grijó situa-se no concelho de Vila Nova de Gaia e pertence ao distrito, diocese e Região Militar do Porto.

Ê limitada a norte pelas freguesias de Sermonde e Perozinho, a noroeste por Serzedo, a este por Pedroso, Seixezclo c Argoncilhe, a oeste por São Félix da Marinha e Guetim e a sul por Moselos e Nogueira da Regedoura.

Cerca do ano 922 os irmãos Guterres e Ausindo doaram terrenos e valores para que fosse erguido um mosteiro, que ficou a chamar-se Eclesiola, o que significa igrejinha, portanto uma pequena igreja. Daí, segundo doutas opiniões, Egrejinha ou Eclesiola dera o nome à terra. Pelo decorrer do tempo denominou-se Mosteiro de Egrejinha, de Egrijó e mais tarde de Grijó, como se verifica em documentos de várias doações feitas ao convento.

Em 3 de Outubro de 1093 o bispo de Coimbra, D. Crecónio, em visita, pôs ao convento o nome de Mosteiro de São Salvador de Eclesiola.

Distinguia-se das outras congregações dos Cónegos Regulares em Portugal pelo nome de Mosteiro de São Salvador de Grijó, e o selo que usavam os frades tinha esculpido um cordeiro, símbolo da mansidão, e a figura do Redentor, tendo gravado no círculo a palavra «Salvador».

Diz D. Marcos da Cruz que o convento foi primitivamente edificado num lugar chamado Marrassezss, ou Murrassey.es, hoje os populosos lugares de Mur-racezes, onde foram construídos no século xvi os aquedutos dos Arcos da Amoreira, em terrenos pertencentes â quinta do Mosteiro.

Em 1247 os cónegos, alegando que o local era húmido c frio, transferiram o convento para um pouco mais a su! do actual, c ainda se podem ver vestígios dos antigo* dormitórios e do celeiro.

Em 1539, com a aprovação do cardeal D. Henrique e do infante D. Luís, os cónegos resolveram mudar novamente o Mosteiro, alegando adnda humidade, mas desta vez para a serra do Pilar. Em 1540 lançam-se os primeiros alicerces para o novo convento, que, uma vez concluído, ficou a chamar-se São Salvador de Grijó, junto ao Porto.

Nada lucraram os frades com a troca, e assim, passados 21 anos, voltam alguns para Grijó, juntando-se--Ihes outros vindos de Coimbra. Em 1576 principiam os alicerces para uma torre que foi erguida dentro da actual quinta, perto da vacaria que ali se encontra, torre que foi mudada pelos anos de 1915 para o local que hoje ocupa. Depois da torre, continua a construção do novo mosteiro e da igreja.

Em 1626, no dia de Santo Agostinho, celebrou-se a primeira missa na nova igreja, missa que foi cantada por D. Sebastião Graça, que era geral da Congregação.