O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1242

II SÉRIE-A — NÚMERO 51

3 — Erro de audição:

Base XVII, n.° 2.° (cf. «Nota explicativa», n.° 6.4 — a razão para se suprimir o hífen em formas como hei-de, hás-de, há-de, só poderia ser a pronúncia diferente das mesmas em Portugal e no Brasil: apenas no Brasil o de é pro-clítico; em Portugal é apoclítico, isto é, liga-se ao verbo haver, motivo pelo qual se usa actualmente o hífen.

4 — Incompreensão de alguns fundamentos da ortografia:

Base IV, n.° 1.°, alínea b) — os exemplos aflição e aflito não podem ser incluídos entre as palavras que perderiam a chamada consoante muda. Deixaram de se escrever sem essa consoante em 1911, porque, ao contrário do que se verifica com as vogais a, e, o, que têm vários timbres, / e u têm apenas um;

Base XV, n.° 6.° — por incompreensão da função semântica do hífen, esta base apresenta como excepções formas que deveriam constituir norma. Em água-de-colónia, pé-de-meia, etc, o hífen indica a modificação do sentido das palavras componentes: não significam a água que há em Colónia, nem o pé da meia, etc. Pelo contrário, não haveria razão para se escreverem com hífen (de facto não se escrevem) as locuções apresentadas nas alíneas a) af). Fim de semana estará certo com o sentido de o final da semana, mas com o sentido de pausa no trabalho no final da semana deverá escrever-se fim--de-semana;

Base X, n.° 4.°, alínea b) — por incompreensão da base xv do Acordo de 1945, substituíram-se os exemplos atraiu e influiu por cheiinho e saii-nha, que não estão nas mesmas condições dos outros vocábulos de que ela se ocupava: baiuca, cauila, etc.

5 — Imprecisões e desatenções:

a) Critérios diferentes (?):

Base VI, n.° 1.°—primo-infeção («sic»); mas

Base XVI, n.° 2.°, alínea b) — agroindústria!;

b) Erros de alfabetação:

Base II, n.° 1.°, alínea a) — hora, homem; Base IV, n.° 1.°, alínea d) — sumptuoso,

sumptuosidade; Base VII, n.° 1.° — goivo, goivar;

c) Falhas de revisão:

Bases novas:

Base I, n.° 2.°, alínea c) — falta a abreviatura de watt: w;

Base III, n.° 2.° — escreve jibóia; mas

Base IX, n.° 3.° — escreve jibóia;

Base VII, n.° 1.° — omitem-se os ditongos oi e ói na enumeração, embora sejam exemplificados (goivo, goivar, lençóis);

Bases copiadas do texto de 1945:

Base III:

N.° 1.° — escreve estrebucha, em vez de estrebuchar (os verbos citam-se no infinitivo);

N.° 2.° — substitui o antropónimo Narciso por narciso;

N.° 3.° — suprime os exemplos presságio e sobresselente;

Base V:

N.° 1.° — suprime o exemplo Salazar (excesso de zelo democrático?);

N.° 1.°, alínea b) — escreve íngua, em vez de insua;

N.° 2.°, alínea c) — escreve calúnia, em vez de colónia;

d) Manutenção de observações anacrónicas:

Base II, n.° 2.° — erva, em vez de herva; Base III:

N.° 4.°, alínea d) — justapor, em vez de juxtapor;

N.° 4.°, alínea b) — Biscaia, e não Biz-caia;

N.° 5.° — Cádois, e não Cádiz; Base V, n.° 1.° — quase, em vez de quási;

e) Consagração de um anglicismo:

Base I, n.° 1.°, alínea b) — embora usual no Brasil, a designação da letra w por dâbliu texto da AR) ou dáblio (texto da ACL) é um anglicismo. Deveriam ter sido registadas também as designações vernáculas, vê dobrado ou duplo vê.

6 — Terminologia deficiente, etc: Cf. Relatório da CNALP.

Pelo Movimento contra o Acordo Ortográfico, a Relatora, Maria Isabel Rebelo Gonçalves.