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16 DE OUTUBRO DE 1996

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O emprego total na economia americana tem crescido significativamente nos últimos quatro anos. A inflação aumentou ligeiramente devido a factores específicos e à aceleração dos salários, mas deverá reduzir-se gradualmente mantendo-se abaixo dos 3 por cento. O saldo global do Sector Público Administrativo, em percentagem do PIB, passou de —4,4 por cento em 1992 para —1,4 por cento em 1996, o menor défice registado desde 1981.

No Japão a retoma da actividade foi particularmente significativa no final de 1995 e inícios de J996. A valorização do dólar americano, baixos níveis das taxas de juro e medidas orçamentais expansionistas deverão contribuir para a continuação da expansão económica nos próximos trimestres. As projecções das instituições internacionais apontam para uma taxa de crescimento de 3,5 por cento em 1996.

Nas principais economias da Europa continental, a confiança dos consumidores encontra-se ainda num nível baixo. O índice de produção industrial da União Europeia no primeiro semestre de 1996 manteve-se inferior ao do período homólogo e a taxa de desemprego mantém-se em níveis elevados na maioria dos Estados-membros da União Europeia. São visíveis no entanto alguns sinais de recuperação: as encomendas à indústria transformadora estabilizaram e a confiança dos consumidores e dos empresários, nos últimos meses, tem-se mantido estável e verifica-se alguma recomposição dos stocks.

As taxas de juro diminuíram significativamente e a recente apreciação do dólar norte-americano reduziu bastante a sobrevalorização de algumas moedas europeias. A inflação mantém-se num nível baixo.

.As taxas de juro de curto prazo diminuíram na Europa e aumentaram ligeiramente nos EUA e no Japão durante o primeiro semestre do corrente ano. Na Europa, o prémio de risco das moedas face à divisa alemã reduziu-se significativamente nesse período. Inflação baixa, apreciação do câmbio do dólar norte-americano e confiança dos mercados no processo de construção da União Económica e Monetária contribuíram para a estabilidade nos mercados cambiais e para a referida redução do prémio de risco.

As taxas de juro de longo prazo aumentaram no início do ano. As taxas de juro americanas continuaram essa lendência até Julho, estabilizando nos meses seguintes. As taxas de juro europeias mostraram alguma oscilação até 3unho, diminuindo subsequentemente. Esta divergência na evolução das taxas americanas e europeias reflecte, fundamentalmente, a posição das respectivas economias no ciclo económico.

O saldo da Balança de Transacções Correntes dos EUA, em percentagem do PIB, mantém-se negativo, na ordem dos —2 por cento, tanto em 1995 como em 1996, enquanto que o superavit nipónico deverá reduzir-se de 2,2 por cento do PIB, em 1995 para 1,5 por cento em 1996. O saldo significativo da Balança de Transacções Correntes da União Europeia deverá aumentar em 1996, situando-se em 74 mil milhões de dólares americanos.

Em 1996, o comércio mundial de bens e serviços deverá crescer 6,7 por cento em volume, quando em 1995 a taxa de crescimento tinha sido de 8,9 por cento. Esta desaceleração fica a dever-se basicamente ao comportamento dos países industrializados cujas exportações e importações desaceleraram 2,3 por cento e 2,5 por cento, respectivamente. As importações de bens do conjunto dos países

industrializados deverão crescer 4,2 por cento em 19% contra 7,8 em 1995.

Os preços internacionais, medidos em dólares norte-americanos, do petróleo, cereais e alguns produtos alimentares aumentaram significativamente no início de 1996, estabilizando ao longo do primeiro semestre.

1.1.2 Economia portuguesa

Apesar da desaceleração da actividade económica ocorrida na generalidade dos Estados-membros da União Europeia, com particular incidência na Alemanha e na França, a economia portuguesa registou em 1995 um crescimento da ordem dos 2,4 por cento (acima da média de crescimento da União Europeia).

Ao longo de 1996, a evolução da actividade económica tem-se caracterizado pela gradual recuperação do crescimento. A aceleração do crescimento deverá verificar-se na segunda metade do ano, induzida sobretudo pelo dinamismo das exportações e do investimento, já que o consumo, embora em recuperação, está a evoluir a um ritmo mais moderado.

Deste modo, admite-se, para o conjunto do ano uma aceleração do crescimento económico face ao que se verificou em 1995 estimando-se que, em 1996, o crescimento da economia venha a ser da ordem dos 2,8 por cento, mais uma vez acima da média de crescimento prevista para o conjunto da União Europeia.

Quadro 1.1 Despesa nacional

(Taxas de crescimento em volume, em percentagem)

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E — Estimativa

Fonte: Ministério das Finanças.

1.1.1.1 Procura Consumo privado

Em 1996, o consumo privado deverá registar um aumento da taxa de crescimento relativamente ao ano transacto. Para o conjunto do ano estima-se um crescimento real de cerca de 2,2 por cento (1,8 por cento em 1995).

De acordo com a informação disponível, o consumo privado- manteve, nos oito primeiros meses de 1996, a tendência de evolução crescente iniciada no segundo semestre de 1995. Esta evolução é confirmada pelos indicadores de consumo mais relevantes. O indicador de confiança dos consumidores, revelou um comportamento estável ao longo do primeiro semestre de 1996, reflectindo uma pequena melhoria das expectaüvas face a 1995. O indicador, apresentou um valor médio neste período superior em cerca de 6 pontos percentuais ao verificado no primeiro semestre do ano transacto e de 1 ponto percentual em relação ao segundo semestre de 1995.