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II SÉRIE-A — NÚMERO 1

Gráfico 1.1 Indicadores de consumo

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O consumo de bens alimentares terá sido mais dinâmico que 1995. O consumo de bens duradouros registou uma evolução mais intensa do que no ano transacto, a avaliar pelas vendas de automóveis e pelas importações de bens de consumo não alimentares, cuja taxa de crescimento nominal acumulada, no primeiro semestre de 1996, foi de 7,6 por cento.

As vendas de automóveis ligeiros de passageiros evoluíram positivamente nos primeiros nove meses de 1996 (registando uma variação homóloga acumulada de 5,7 por cento), contrastando com a variação negativa (—10,5 por cento) registada no período homólogo do ano transacto. O número de matrículas registadas de automóveis de passageiros confirmam, reforçando-a, a tendência de evolução das vendas de viaturas.

O crescimento do consumo é justificado pela evolução estimada para o rendimento disponível dos particulares, acima do valor previsto para a inflação, permitindo ganhos no poder de compra dos consumidores (2 por cento em 1996 contra 1 por cento em 1995) e pela evolução positiva do crédito ao consumo.

Investimento

De acordo com a informação disponível, estima-se que o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo acelere em 1996 face ao ano anterior. Em termos reais espera-se um crescimento da ordem dos 6 por cento, cerca de 3 pontos percentuais acima do valor estimado para 1995.

Este crescimento terá sido impulsionado pelo investimento público, sobretudo pela componente das obras públicas. O sector privado deverá apresentar também um dinamismo mais expressivo em 1996.

A gradual recuperação da economia em 1995, não obstante o abrandamento verificado na segunda metade do ano e que se manteve nos primeiros meses de 1996, e a continuação da redução das taxas de juro criaram um clima favorável ao investimento que se encontra traduzido nas perspectivas positivas dos empresários (das indústrias de bens de investimento e de consumo) acerca da evolução da procura global — efectiva e esperada — e consequentemente, das perspectivas de vendas. 0

A informação disponível sugere que a venda de bens de equipamento se tenha apresentado bastante dinâmica ao longo de 1996. Este comportamento é justificado, principalmente, pela evolução positiva das vendas de veículos comerciais ligeiros (aumentaram 21 por cento em termos acumulados nos primeiros nove meses do ano) e pelas importações de bens de equipamento, excluindo material de transporte, que cresceram, em termos nominais, de Janeiro a Junho, cerca de 14,1 por cento, face a idêntico período do ano anterior, o que equivalerá sensivelmente a uma taxa de

crescimento real da mesma ordem de grandeza já que a variação do deflator das importações de máquinas no primeiro semestre foi de —0,3 por cento.

Gráfico 1.2 Indicadores de Investimento

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A informação mais recente para o sector da construção aponta para uma clara recuperação da actividade ao longo do ano, após o abrandamento verificado no final de 1995 e no primeiro trimestre de 1996, em virtude das condições climatéricas adversas. Esta evolução é confirmada pelo comportamento das vendas de cimento para o mercado interno que, após uma quebra no primeiro trimestre de 7,4 por cento (face a período idêntico de 1995), registaram uma recuperação significativa até Setembro crescendo à taxa de 2,6 por cento em termos homólogos. O crescimento nas vendas de áço foi mais pronunciado, passando a variação homologa acumulada de 14,4 por cento no primeiro trimestre para 45,1 por cento no final do primeiro semestre òe

O crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBGF) em construção tem sido assegurado pelo segmento das obras públicas já que os segmentos da habitação e dos edifícios não residenciais têm revelado um dinamismo mais moderado, a avaliar pelos principais indicadores de conjuntura disponíveis para o sector — crescimento do crédito concedido para habitação em desaceleração, no primeiro semestre, e redução do número de licenças de construção emitidas pelas câmaras. Os saldos de respostas extremas do Inquérito de Conjuntura do Instituto Nacional de Estatística aos empresários do sector da construção revelam, todavia, uma ligeira melhoria da conjuntura no trimestre terminado em Agosto face ao anterior, quer no segmento da habitação quer no segmento dos edifícios não residenciais.

No que concerne ao segmento das obras públicas, 05 indicadores disponíveis apontam para um forte dinamismo deste sector na segunda metade do ano. Concretamente, em Agosto, as obras públicas alcançaram o valor mais elevado dos últimos 4 anos (de acordo com o indicador do valor dos trabalhos realizados, da Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP)). As perspectivas para à evolução da produção até ao final do ano deixam antever acréscimos reais de produção relativamente ao ano anterior, que se estimam na ordem dos 24 por cento. Estas estimativas da ANEOP são baseadas nas obras de valor elevado lançadas a concurso no início do ano e no volume elevado de obras que já se encontram em curso.-

Comércio externo

A economia portuguesa, uma pequena economia aberta, é fortemente dependente da evolução da conjuntura externa. A imrxMiância do comércio externo pode ser a)nfrnnaxla pelo elevado gTau de abertura da economia, que se estima situar-