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ii SERIE-A — NÚMERO 1

total registado um crescimento homólogo de 1,1 por cento. A variação positiva registada no emprego total, deveu-se ao crescimento elevado do emprego por conta própria, dado que o emprego por conta de outrem voltou a ter um contributo negativo.

Gráfico I.S Evolução do emprego por situação na profissão

Taxas de variação homólogas em percentagem

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Fontes: INE. Inquérito Trimestral ao Emprego (1992-1996).

Refira-se, no entanto, que os decréscimos registados no emprego por conta de outrem foram os menos acentuados dos últimos três anos, o que ficou a dever-se, fundamentalmente, ao crescimento significativo dos trabalhadores com contratos não permanentes.

Quanto à çvolução do emprego por sectores de actividade, nos primeiros três trimestres de 1996, verificou-se que os sectores primário e terciário contribuíram positivamente para o crescimento do emprego total, enquanto que o sector secundário deu um contributo negativo. Em termos de estrutura, o sector primário representa agora 12,6 por cento do total (11,5 por cento em 1995), o sector secundário 31,4 por cento (32 por cento em 1995) e o terciário 56,0 por cento (56,4 por cento em 1995). Tem-se assistido, portanto, à tendência normal de terciarização do emprego na economia portuguesa.

Gráfico 1.6 Evolução sectorial do emprego total

Taxas de variação homólogas cm percentagem

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Fontes: INE, Inquérito Trimestral ao Emprego (1992-1996).

O sector da agricultura e pescas contribuiu positivamente para a variação do emprego por conta própria (TCP) e também do emprego por conta de outrem (TCO), o que difere da evolução observada no ano anterior em que os contributos positivos apenas se verificaram ao nível do emprego por conta própria e não foram suficientes para permitir uma variação positiva do emprego total no sector.

O sector dos serviços continuou a tendência de crescimento verificada ao longo do ano anterior, contribuindo positivamente para a variação do emprego por conta de

outrem, bem como. do emprego por conta própria. A evolução dos vários sectores dos Serviços nem sempre foi idêntica à do agregado. Nos três primeiros trimestres de 1996, contrariamente ao verificado no ano anterior, o crescimento do emprego nos Serviços deveu-se sobretudo ao subsector Comércio, que contribuiu positivamente não só para o crescimento do emprego por conta própria, como

também do emprego por conta de. outrem.

O sector da indústria continuou a contribuir negativamente quer para o emprego total quer para o emprego por conta de outrem, uma situação que se verifica há três anos e que deverá estar associada ao processo de reestruturação da indústria.

Gráfico 1.7 Evolução sectorial do emprego por conta de outrem

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Fontes: INE, Inquérito Trimestral ao Emprego (1992-1996).

Nos três primeiros trimestres de 1996, o número de desempregados registou um crescimento homólogo de 3,3 por cento, tendo a taxa de desemprego atingido 7,3 por cento, (média dos três primeiros trimestres). Para o aumento do número de desempregados contribuiu o grupo dos indivíduos à procura de primeiro emprego, cujo crescimento homólogo foi de 19,1 por cento, dado que no grupo dos que procuram novo emprego se registou um decréscimo. Apesar de em termos homólogos o crescimento nos primeiros trimestres do ano de 1996 ter sido ligeiramente superior ao do ano anterior, salienta-se que desde o início do ano a taxa de desemprego jovem (14 a 24 anos) tem vindo a decrescer, sendo actualmente de 16,2 por cento. Esta evolução é característica das fases iniciais de recuperação da actividade económica, dado que aumentam as expectativas de encontrar uma colocação, o que normalmente resulta num maior crescimento das entradas no mercado de trabalho. Acresce que a actual fase de recuperação económica se processa num sistema produtivo cuja reestruturação ainda não se completou e, portanto, afigura-se normal que o ritmo de criação e destruição de empregos seja elevado.

A análise de indicadores que permitem medir a dispersão do emprego por conta de outrem ao nível dos vários sectores de actividade sugere a intensificação dessa dispersão a partir do segundo semestre de 1995. De todo este processo resultam, normalmente, dificuldades na adaptação da mão-de-obra às vagas existentes. Em períodos de expansão da actividade económica, ao aumento das vagas corresponde, normalmente, uma descida da taxa de desemprego. Deste modo, a relação entre a taxa de desemprego e a taxa de vagas (rácio entre o número de ofertas de emprego por satisfazer e a população activa), representada pela curva de Beveridge, deverá ser inversa. Nos três primeiros trimestres de 1996 em relação ao período homólogo do ano anterior.