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16 DE OUTUBRO DE 1996

2-Í473)

-se em torno dos 51 por cento, avaliado pelo rácio entre a média das exportações e importações e o PIB, a preços constantes de 1990. Este valor elevado resulta do aumento' do peso relativo tanto das exportações como das importações, fenómeno que se vem acentuando desde que Portugal aderiu à União Europeia. As trocas comerciais de Portugal com o exterior intensificaram-se desde então, .sobretudo naquele espaço económico (as exportações nacionais para a União Europeia representavam em 1995 cerca de 80,1 por cento do total das vendas de mercadorias ao exterior, enquanto que as importações' de mercadorias provenientes da União Europeia atingiram os 73,9 por cento do total importado).

Dado o elevado grau de abertura da economia, o fraco crescimento registado na generalidade das economias europeias repercutiu-se na evolução da actividade económica interna, provocando a desaceleração das trocas internacionais. Assim, estima-se que, em 1996, o comércio externo apresente um crescimento menos acentuado do que o registado em 1995.

De acordo com a informação mais recente, as importações de mercadorias registaram um crescimento nominal acumulado de 3,8 por cento até Junho, que compara com 18 por cento verificados no período homólogo do ano transacto. De acordo com os dados provisórios disponibilizados pela Direcção-Geral do Comércio, a variação do deflator das importações nesse período foi ligeiramente positivo (0,2 por cento), estimando-se um crescimento real de cerca de 3,6 por cento naquele período. Esta desaceleração das importações deve-se em grande parte ao comportamento dos bens intermédios, reflectindo o abrandamento da actividade produtiva neste período e a maior utilização de stocks.

As exportações apresentaram-se mais dinâmicas que as importações (aumento nominal das exportações de mercadorias de 11,3 por cento no primeiro semestre de 1996). O deflator das importações, no primeiro semestre de 1996, apresentou uma variação negativa (—1,6 por cento), influenciada pela situação cíclica e pela inversão da forte valorização dos preços da pasta de papel ocorrida no início de 1995, estimando-se, assim, um crescimento real de 13,1 por cento na primeira metade do ano. Contudo, esta evolução deve-se essencialmente ao comportamento da rubrica Material de Transporte, já que excluindo esta componente, as exportações registaram, em termos reais, uma variação virtualmente nula, reflectindo a desaceleração da actividade económica nos principais países clientes.

Gráfico 1-3 Comércio externo

Taxas de variação homólogas acumuladas em percentagem

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principais países clientes de Portugal é justificado pelos fracos contributos dos mercados alemão e francês, cujos pesos no agregado considerado ascenderam, em 1995, a cerca de 24 e 16 por cento, respectivamente (21 e 17 por cento em 1994). Estas duas economias são, aliás, as que, no conjunto da União Europeia, apresentam crescimentos mais modestos para 1996 (de acordo com as últimas previsões da Comissão Europeia, a economia francesa deverá crescer 1 por cento em 1996, enquanto que a alemã crescerá 1,2 por cento). O mercado espanhol continua a dar o maior contributo para o crescimento da procura externa (gráfico 1.4).

Gráfico 1.4 Exportação de mercadorias e evolução dos principais mercados de exportação

(Crescimento em volume)

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A procura externa dirigida aos bens nacionais, avaliada pelo crescimento ponderado das importações de manufacturas dos principais parceiros comerciais deverá desacelerar em 1996. Este movimento nos volumes importados pelos

• Provisório.

Fontes: OCDE e Ministério das Finanças.

O crescimento real das exportações de bens e serviços deverá, contudo, processar-se a um ritmo mais intenso do que o crescimento' do mercado relevante, prevendo-se novamente ganhos de quotas de mercado em 1996.

Os termos de troca deverão registar uma deterioração em 1996, em virtude do crescimento mais acentuado do preço das importações quando comparado com o das exportações. Este resultado explica-se, principalmente, do lado das importações, pelo aumento do preço do petróleo em escudos, resultante quer da subida do preço do barril do petróleo em dólares e da apreciação do dólar.

1.1.2.2 Mercado de trabalho

No triénio 1993-1995 assistiu-se a um agravamento da situação do mercado de trabalho. Entre o primeiro trimestre de 1993 e o quarto trimestre de 1995, o emprego total decresceu cerca de 1 por cento e a taxa de desemprego passou de 5 para 7,3 por cento. Paralelamente, verificou-se, também, o agravamento de indicadores ligados à persistência do desemprego. De facto, ao longo daquele período, a duração média do desemprego aumentou e o peso do desemprego de longa duração no desemprego total atingiu 39,8 por cento no quarto trimestre de 1995, cerca de 12 pontos percentuais acima do registado no primeiro trimestre de 1993. .

Nos três primeiros trimestres de 1996, e na sequência do maior dinamismo da actividade económica, a taxa de actividade, cuja evolução tem geralmente um comportamento procíchco, registou um ligeiro aumento, em termos homólogos, o que permite justificar que, apesar de se ter verificado um aumento no emprego, não se tenha registado uma descida significativa na taxa de desemprego.

A evolução do emprego, nos três primeiros trimestres de 1996, evidenciou alguma recuperação, tendo o emprego