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16 DE OUTUBRO DE 1996

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" O índice de cotações de acções da Bolsa de Valores de Lisboa (BVL30) no final de Setembro aumentou 29,7 por cento em face do valor registado no final de Dezembro de 1995.

Em Agosto de 1996, a capitalização bolsista das acções e das obrigações registou, respectivamente, subidas de 22,7 e de 17,3 por cento relativamente ao mês homólogo de 1995.

A perspectiva de crescimento dos resultados das empresas e a concretização do programa de privatizações não deixarão de contribuir para a dinamização do mercado accionista.

Em 20 de Junho de 1996 a Bolsa de Valores do Porto tornou-se o primeiro Mercado de Futuros em Portugal. Os novos instrumentos deste Mercado permitem efectuar a cobertura de riscos de investimentos em títulos denominados em escudos inexistente até àquela data. Ficam, assim, criadas condições favoráveis à dinamização do investimento de carteira.

1.1.2.8" Balança de pagamentos

Em 1996, o défice da balança de transacções correntes deverá situar-se abaixo de 1 por cento do PIB. Em 1995, o défice da balança de transacções correntes registou um défice de 37,4 milhões de contos (-0,2 por cento do PIB).

Quadro 1.3 Balança de pagamentos — Base transacções Em milhões de comos e em percentagem do PIB

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O) Corresponde ao eleito das opcravAes com o exterior sobre as disponibilidades e responsabilidades de curta pni/o dos Bancos.

(2) Um sinal positivo (negativo) corresponde a umu diminuição (aumcnlo liquido) de disponibilidades ou a um aumento liquido (diminuição liquida) de responsabilidades.

Fonte: Banco de Portugal.

O pequeno agravamento do saldo da balança de transacções correntes está associado, principalmente, ao maior défice da balança de rendimentos.

O défice comercial deverá aumentar ligeiramente, enquanto as remessas de emigrantes devem registar uma variação positiva. As transferências unilaterais públicas apresentarão igualmente um acréscimo.

Gráfico 1.11 Balança de transacções correntes e serviços Em percentagem do PIB (Base de Transacções)

Até Julho deste ano, a balança de rendimentos registou um défice de 173,7 milhões de contos até Julho deste ano, representando um agravamento em 101,2 milhões de contos em relação ao período homólogo, devido à evolução desfavorável dos rendimentos associados ao investimento de carteira.

Na balança de serviços, a rubrica viagens e turismo registou um excedente de 146,8 milhões de-contos nos primeiros sete meses de 1996, representando uma ligeira redução face ao saldo do período homólogo.

No mesmo período, o total do crédito das transferências unilaterais atingiu 780,8 milhões de contos, ultrapassando ligeiramente o montante registado no mesmo período do ano transacto. As remessas de emigrantes aumentaram 28,6 milhões de contos no período em análise.

Nos sete primeiros meses de 1996, a balança de capitais não monetários apresentava um excedente de 284,3 milhões de contos, quando no mesmo período do ano transacto, o saldo era negativo de 2,1 milhões de contos. Esta evolução deveu-se, sobretudo, ao acréscimo do investimento de carteira do exterior em Portugal.

Nos sete primeiros meses de 1996, a balança de capitais não oficiais2 registou um saldo positivo de 650,6 milhões de contos, superior em 271 milhões de contos face ao mesmo período do ano transacto. Esta situação reflecte a redução das disponibilidades externas líquidas de curto prazo do sector bancário residente e das disponibilidades líquidas sobre o exterior do sector não monetário.

Nos sete primeiros meses de 1996, o investimento do exterior em Portugal, de 1119,3 milhões de contos, registou um elevado acréscimo face ao período homólogo do ano transacto, (914,3 milhões de contos). Esta situação contraria, em parte, a evolução registada no investimento do exterior em Portugal nos últimos dois anos. O investimento de carteira, representou 82,5 por cento do total do investimento do exterior em Portugal nos nos sete primeiros meses de 1996. Por seu tumo, 84 por cento do investimento de carteira foi aplicado em obrigações da dívida pública.

O investimento directo atingiu 55,1 milhões de contos nos sete primeiros meses de 1996, representando um acréscimo de 35,9 milhões de contos, relativamente ao período homólogo do ano transacto.

Até Julho de 1996, o investimento líquido de Portugal no exterior alcançou 470,3 milhões de contos, representando um acréscimo de 274,3 milhões de contos face aos sete primeiros meses de 1995. A maior saída de capitais está relacionada com o investimento de carteira, cujo saldo líquido atingiu 435,4 milhões de contos, quando no período homólogo do ano anterior o saldo deste investimento não ultrapassava 133 milhões de contos. As aplicações líquidas de residentes não bancários em depósitos no exterior, num montante de 249,8 milhões de contos, também tiveram um acréscimo significativo em relação ao mesmo período do ano de 1995 quando somaram 158,7 milhões de contos.

No final do mês de Agosto de 1996, o valor das reservas oficias líquidas era de 22599 milhões de dólares (3432,7 milhões de contos), com o ouro monetário avaliado a preços de mercado. As reservas oficiais líquidas, excluindo flutuações cambiais, registaram nesse mês um aumento de 182 milhões de dólares (27,6 milhões de contos) e um acréscimo de 845 milhões de dólares (130,5 milhões de contos) desde o início do ano.

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^ Corresponde â soma da balança de capitais não monetários com a variação da posição externa a curto prazo dos bancos.