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II SÉRIE-A — NÚMERO 55

Oficina de serralharia; Central betuminosa a frio; Central betuminosa a quente.

No campo cultural, recreativo e desportivo destaca-se a colectividade Fontelo Futebol Clube.

Merece realce especial o Monte de São Domingos, pela paisagem maravilhosa sobre o Douro, donde se avista grande parte das cidades de Lamego, Régua e Vila Real e um percurso considerável do rio Douro e o IP 3.

As suas raízes históricas, a sua dinâmica actividade económica, as suas gentes trabalhadoras muito apreciarão em ver a sua terra distinguida e devidamente reconhecida no contexto regional e nacional.

Nestes termos, justifica-se a elevação de Fontelo à categoria de vila, pelo que, ao abrigo das disposições legais e

regimentais, se apresenta o seguinte projecto de lei:

Artigo único. A povoação sede de freguesia de Fontelo, no concelho de Armamar, é elevada à categoria de vila.

Assembleia da República, 15 de Abril de 1999. — Os Deputados do PSD: Adriano Azevedo — José Cesário — Carlos Marta Gonçalves.

PROJECTO DE LEI N.º 657/VII

ELEVAÇÃO DE TORREDEITA, NO CONCELHO DE VISEU, À CATEGORIA DE VILA ,

Torredeita é uma freguesia do concelho e distrito de Viseu, que oferece óptimas condições de localização, distando apenas 10 km da sede do concelho e dispondo de fáceis acessos ao IP 5 e no IP 3.

O povoamento desta região remonta a épocas proto e mesmo pré-históricas, como é possível testemunhar numa série de vestígios do passado existentes na freguesia, dos quais se salientam a anta do Senhor do Pedrão, a necrópole de Água Afonso, as sepulturas de Magarelas, a ponte romana da Seara e a estrada romana das Enforcadas.

Todavia, remonta a meados do século XIII a instituição da paróquia de Santa Maria da Torre e, segundo designação das Inquirições de D. Afonso Hl, de 1258, é chamado o lugar e sede por Torre, e- não Torredeita. ,

É possível que o topónimo Torre Deita seja anterior ao século XIV, aparecendo, muito recentemente, Torredeita por aglutinação das palavras «Torre», lugar e sede paroquial, e «Eita», cuja origem vamos tentar identificar recorrendo à sua memória secular.

As palavras «Torre» e «Deita» parece não terem tido ainda qualquer fundamento plausível. Porém, existe uma explicação para Torredeita: é uma expressão usada com frequência pelas gentes de fora e de mais longe da região. Explica-se pela sua localização, de aprazíveis lugares, de cruzamentos acessíveis, de cultura superior e modos de ser da sua gente.

Partindo da inicial Torre, entre fins do século Xll, para Torre Deita, por ser esta parcela de terra uma parte de «villa» da Torre, porque foi tudo uma «villa» tal como continua nas Inquirições de 1127 — antes do nascimento de D. Afonso Henriques e que viria a ocorrer em Viseu, como ora é suposto.

Donde virá a palavra «Eita» para casar com Torre e formar o topónimo Torre Deita? Nesta região existiram dois - senhores de apelido «Eita», que tinham as suas maiores he-

ranças sediadas na actual freguesia de Mosteiro de Fráguas (do concelho de Tondela, a cerca de 11 km da Torre) e um deles, um Domnoeita, poderá ter sido herdeiro desta parcela de «villa» da Torre, e que virá a originar o topónimo de Torre Deita.

Agora tudo se explicará melhor e mais livremente: Torre, nome de «villa» e Eita nome do melhor herdeiro, dono da terra.

Logo, Torre Deita, que aparece ao longo dos tempos e chega aos nossos dias, em documentos lavrados no século xx, inclusive, é ainda da nossa lembrança a inscrição na estação de caminhos de ferro e nos seus bilhetes de transporte...

Portanto, só há muito pouco tempo é que se passou a escrever Torredeita.

A confirmar esta análise encontra-se na memória colectiva o dito Domnoeita ter tido dois filhos, apelidados de Eitaz e que, por morte prematura do filho varão, a filha da Go-doeitaz ter herdado esta parcela, levando a crer, mais uma vez, que o topónimo se refere a seu pai, ligando-nos definitivamente ao fim do século XI.

Por outro lado, a «villa» da Torre era uma «honra» e, como tal, somente lhe era tributada voz e coima e, sendo coutada, nela não interferia a coroa.

Nestes oito séculos de existência, Torredeita tem sabido honrar o seu ilustre e ancestral passado, solidificando não só a sua idiossincrasia mas também galvanizando um estatuto nobre na região onde se insere.

Deste modo, tem cultivado uma salutar simbiose entre o passado e o futuro. No campo da etologia e da etnografia, quer o Rancho Folclórico de Torredeita, com os seus trajes, danças e cantares de elevada beleza e sabor medieval, quer o Ecomuseu, com um repositório invulgar de artefactos agrícolas, domésticos, comerciais e industriais, quer ainda a Cooperativa de Artesanato O Enleio, através da produção de artesanato de grande expressão local, regional e mesmo internacional, têm possibilitado a preservação, identidade e visibilidade de modos de ser, de estar e de fazer de secular memória.

Por outro lado, preparando o futuro sem descurar o presente, a Fundação Joaquim dos Santos tem sido geradora de sinergias e dinamizadora de actividades sócio-económicas é culturais, consubstanciadas não só nas suas valências da área da protecção à infância (creche/jardim-de-infância e actividades de tempos livres) e aos idosos (apoio domiciliário e lar), mas também na promoção da Escola Profissional de Torredeita, da Cooperativa Agro-Pecuária O Arado e, mais recentemente, no Planetário Fascínio dos Astros na Vertente Lúdica e Didáctica.

Na actividade agrícola produz o afamado vinho do Dão, fruta, legumes e cereais e da floresta extrai resinas, madeira e lenha. Dispõe de explorações agro-pecuárias, de aves, ovelhas, cabras e vacas.

Tem diversos tipos de estabelecimentos comerciais: minimercados, mercearias, talho, materiais de construção, armazém de bijutarias, papelaria e, no âmbito da hotelaria, cafés e restaurantes. Conta com dois postos de abastecimento de combustíveis, oficinas de reparação de veículos e ainda fábricas de serralharia, de serração de madeiras e de carpintaria.

Realiza quinzenalmente a Feira do Senhor do Pedrão e anualmente a de 25 de Março. Leva a efeito a Festa da Oliveira, a Romagem do Senhor Santo Cristo do Pedrão e festas populares nas principais povoações.

Dispõe de uma extensão do posto de saúde, com três médicos, uma enfermeira, um oficial administrativo e outro