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II SÉRIE-A — NÚMERO 55

Situada entre dois pólos importantes, Coimbra e Viseu, possui uma boa rede de estradas, destacando-se o P? 3 e o IC 12 (com características de auto-estrada). No Plano Rodoviário 2000 já esti prevista a ligação do IC 12 à À 1, com a construção do troço entre Rojão Grande e Anadia, prevendo-se, para breve, a ligação Nelas-Mangualde, constituindo-se, assim, numa verdadeira alternativa em auto-estrada ao IP 5.

Estes traçados ligam rapidamente a sede do concelho a Coimbra e Viseu, bem como à auto-estrada Lisboa-Porto, no nó de Souselas e, futuramente, a Anadia. É um importante nó ferroviário da linha internacional da Beira Alta, servindo, além de Santa Comba Dão, Tondela, Mortágua, Carregal do Sal, Oliveira do Hospital e Tábua.

Esta eficaz rede viária encurta distâncias e tempos de viagem, podendo facilmente atingir-se tempos de vinte minutos a Coimbra ou a Viseu, uma hora e trinta minutos a Vilar Formoso e Porto e duas horas a Lisboa.

Genericamente o concelho caracteriza-se pela fortíssima presença das linhas de água, que assumem um papel estruturante no oro-hidrografia do concelho. Assim, limitando a nascente e a sul, o rio Mondego assume especial relevo na zona com encostas suaves, e, esporadicamente, com afloramentos rochosos. No centro do concelho surge o rio Dão, atravessando-o de nordeste para sudoeste com um percurso regular, possuindo alguma sinuosidade junto a Santa Comba Dão. Limitando o concelho a poente, o rio Criz apresenta-se serpenteando ao longo de uma zona mais acidentada de relevo incerto.

Todo o concelho de Santa Comba Dão corresponde a uma área aplanada, subindo ligeiramente para leste, onde se encontram as zonas de maiores altitudes. As suas condições naturais e as suas paisagens são de uma rara beleza. Com a construção da Barragem da Aguieira foram alagadas vastas zonas com a albufeira, sendo esta actualmente a maior característica física do concelho, dada a sua presença bastante forte do ponto de vista paisagístico.

1 — Contributo histórico

Presume-se que a origem de Santa Comba Dão remonte ao tempo anterior à reconquista cristã, surgindo como primeiros documentos duas cartas de doação, datadas, respectivamente, de 974 e 975.

A primeira tem como doador Oveco Garcia e a segunda Munio Gonçalves, fazendo ambos uma vasta doação ao Mosteiro do Lorvão. Em 1102 esta instituição religiosa outorga uma carta de foro aos moradores de Santa Comba Treixedo, procurando atrair moradores, uma vez que esta zona fora bastante devastada durante a reconquista. Vivia-se então um clima de instabilidade política administrativa, facto que deve ter estado na base da transferência das terras de Santa Comba do Mosteiro do Larvão para o bispado de Coimbra, situação que se manteve pelo menos até 1472, já que é deste ano um documento onde D. Galvão, bispo de Coimbra, se intitula conde de Santa Comba Dão. Resultante da reforma manuelina dos forais, mas não no sentido de autonomia dos municípios, aos 12 de Setembro de 1514 D. Manuel concede a Santa Comba Dão a sua carta de foral. Da mesma época são também os forais de São João de Areias, Pinheiro de Azere, Ovoa e Couto do Mosteiro.

Em 1836 foram.extintos os concelhos de Ovoa, Couto do Mosteiro e Pinheiro e integrados como freguesias no concelho de Santa Comba Dão.

Em 4 de Junho de 1837 Nagozela, até então pertencente de Tondela, foi integrada na freguesia de Treixedo.

Em 1895 foi extinto o concelho de São João de Areias e incorporado como freguesia no concelho de Santa Comba Dão. Ficou, portanto, em 1895, o concelho de Santa Comba Dão com os limites territoriais que tem hoje e com tma área que ronda os 115 km2.

Já nos nossos dias, através da Lei n.° 40/84, de 31 de Dezembro, nasce uma nova freguesia — Nagozela —, povoação antiquíssima que fazia parte da freguesia de Treixedo.

2 — Características de desenvolvimento sócio-económico O património

Em todo o concelho há um património cultural significativo, que testemunha a passagem secular dos homens. Sepulturas antropomórficas, lagaretas, ruínas romanas, pelourinhos, cruzeiros, igrejas barrocas, paços oitocentistas, são disso exemplo.

Tem expressão significativa, no concelho de Santa Comba Dão, a beleza do seu casario tradicional, sobretudo de casas solarengas.

Imóveis de interesse público

Casa dos Arcos — trata-se de construção solarenga, remontando ao século xvii, com indesmentível originalidade, cuja fachada de galerias e varandas alpendradas é o grande atractivo visual da vila. Na mesma fachada e sob portal há uma placa de mármore indicando que nesta casa se hospedou D. Catarina de Bragança, rainha de Inglaterra, em 1692, e D. Pedro II de Portugal em 1704. Monumento classificado pelo Decreto n.° 32 973, de 18 de Agosto de 1943.

Pelourinho do Couto do Mosteiro — do tipo «pinha» cónica, século xvi.

Pelourinho de Ovoa — do tipo «gaiola», século xvil.

Pelourinho de Pinheiro de Azere — do tipo «pinha» cónica, século xvii.

Pelourinho de São João de Areias — do tipo «pinha» cónica, século xvi.

Pelourinho de Santa Comba Dão — do tipo «pinha» piramidal quadrada, século XIX.

Estes monumentos foram classificados pelo Decreto n.°23 122, Outubro de 1933.

Imóveis em vias de classificação pelo IPPAA

Palácio dos Condes de Vimieiro (Vimieiro). Igreja do Espírito Santo de Vimieiro. Igreja matriz de Vimieiro.

Espaços culturais de índole religiosa Igrejas

Igreja matriz do Couto do Mosteiro.

Igreja matriz de Ovoa.

Igreja matriz de Pinheiro de Azere.

Igreja matriz de São Joaninho.

Igreja matriz de São João de Areias.

Igreja matriz de Treixedo.

Igreja matriz de Vimieiro.

Igreja matriz de Santa Comba Dão.

Igreja da Misericórdia de Santa Comba Dão.

Capelas (por freguesias)

Couto do Mosteiro: Colmeosa, Couto do Mosteiro, Pregoinho, Gestosa, Casal de Vidona, Casal Maria e Vila de Barba.