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1333 | II Série A - Número 032 | 08 de Abril de 2000

 

"(...) Por doação de D. Tereza a Hugo, mencionada no Catálogo dos Bispos do Porto, como datando do anno de 1118, o mosteiro de Santa Marinha de Crestuma & o Couto d'elle foram doados à igreja do Porto. Mas, no tempo do autor de o Catálogo, o Mosteiro já não existia, embora subsistisse o Couto (...)". (José Fortes - Gaya no Passado - Mea Villa de Gaya, 1909, pág,22).
"(...) Teve um convento de frades bento, fundado segundo alguns no séc. VII. Ou este convento continuou a existir no tempo dos árabes, mediante certo tributo, ou foi reedificado nos tempos dos reis godos, pois que em 922, D. Ordonho, rei de Leão e os grandes da sua corte fizeram doação do mosteiro de Castrumire (em attenção a D. Gomado, bispo de Coimbra, que se tinha recolhido a este mosteiro) do seu couto e jurisdição (...) foi n'essa occasião que o rei deu ao mosteiro o couto e jurisdição de Castrumire, a villa e o couto de Fermêdo e outras muitas terras e rendas, fazendo-lhe grandes mercês (...) os condes Lucidio Vimarães, Rodigro Luci e outros fidalgos da comitiva do rei, também doaram a este mosteiro grande número de villas e mosteiros (...)". (Américo Costa - Ob.Cit.).
"(...) A literatura medieval documenta a confirmação do couto de Crestuma de D. Afonso Henriques ao bispo D. Pedro Rabaldis, sucessor de D. Hugo. Num rol das freguesias dos julgados da Terra de Santa Maria da Feira, em que se paga e em que não se paga portagem. Elaborado por Fernão Lopes, em 1453, baseando-se nas Inquirições de D. Dinis, de 1288 (Corpus Codicum Latibnorum vol. 1, fasc. III, p. 536), vem citada a paróquia de Crestuma, sob a designação Couto do Bispo do Porto (...)". (Arlindo de Sousa - Estudos de Arqueologia, Etnologia e História, Rio de Janeiro, 1957, pág. 61).
"(...) Governa-se esta freguezia por um juiz ordinario, que é também dos orphãos, almotacé e coudel-mór, cuja jurisdição não se estende ao crime, por pertencer à jurisdição da villa da Feira (...)". (Américo Costa - Ob. Cit.).
Este julgado abrangia também "(...) o lugar de Arnellas, S. Martinho, Seixo Albo e S. Miguel, lugares estes da freguezia de Saanta Maria de Olival, que he o que comprehende o âmbito deste Couto de Creztuma (...)". (Francisco Barbosa da Costa - Memórias Paroquiais de V. N. Gaia, 1758, Gaia, 1983).
"(...) Julga-se que o primeiro couto a extinguir-se teria sido o de Pedroso (...) o de Crestuma, ao que se diz, teria só desaparecido em 1567, com a morte do seu último comendatário (...) então as suas rendas e os chamados fóros passaram para a Coroa, quando o convento foi suprimido (1759) (...) Em 12 de maio de 1834, após as lutas liberais e com a reforma administrativa, a mesma Crestuma foi feita concelho, mas passado pouco mais de um ano, em 19 de Outubro de 1835, acabou por extinguir-se, entregando em Grijó todo o seu arquivo (...)". (Francisco Barbosa da Costa - Cancioneiro de Gaia).

Caracterização sócio-económica

O sector secundário representa cerca de 70% da população activa, distribuindo-se a restante pelos serviços (25%) e pelo sector primário, em apenas 5%.
A população agrícola activa, onde se identifica o minifúndio a agricultura de subsistência, é extremamente diminuta, o que talvez se explique quer pelas condições físicas do terreno, aos socalcos, quer pelo modo artesanal como se desenvolve a própria actividade.
A pesca, quando o rio era a principal via de comunicação, constituía uma verdadeira alternativa, até pela indissociável e ancestral ligação da freguesia ao Douro, mas a industrialização da década de 50 levou quase à inexistência do sector primário.
Crestuma terá sido num passado recente uma das freguesias mais industrializadas do concelho, mas a grave crise petrolífera dos anos 70 e a falta de investimentos na modernização das unidades industriais, terão contribuído decisivamente para arruinar o sector secundário, predominante ao nível dos ramos têxtil e metalúrgico. Cite-se, por exemplo, o desaparecimento da Companhia de Fiação de Crestuma, da Fábrica A. C. da Cunha Morais, Lda., da Fundição Lopes & Lopes, da Fábrica do Almeida, da Fábrica de Fundição de Murça, da Barbosa & Irmãos Lda. e da SOFUME.
No secundário predominam agora indústrias de têxtil, cartonagem e papel, de candeeiros, carpintaria, fundição e serralharia do tipo familiar:
Cunha & Cunha, Lda.;
Pereiras & Barbosa;
Joaquim Vidal de Oliveira;
Joaquim Ferreira da Silva;
Joaquim Machado Ribeiro;
Alberto Ferreira dos Santos Evaristo;
Fundição da "Buraca";
Manuel Fernandes Moreira;
JOLOFE - Joaquim Lopes Ferreira.

Ainda assim, no sector da construção civil, da fundição e serralharia e dos plásticos, destacam-se empresas do tipo médio, com grandes potencialidades:
J. M. Meireles de Sousa, Lda.;
Ângelo Barbosa, Lda.;
Serralharia Auto Ferreira, Lda.;
A. F. Ramalho, Lda.;
Serralharia Fontes & Silva, Lda.;
Novaia - Plásticos de Crestuma, Lda.

Ao nível dos serviços, existem inúmeros estabelecimentos ligados ao pequeno comércio, cuja actividade não sendo determinante, em muito contribui para o desenvolvimento económico da freguesia, tais como cafés, confeitarias, restaurantes, padarias, sapatarias, drogarias e venda de ferramentas, lojas de vestuário, floristas, bem como escritório de contabilidade e advogados.

Equipamentos sociais

Escolas Primárias do Casalinho n.º 1 e n.º 2;
Escolas Pré-Primárias de Casalinho;
Jardim de Infância de Picôto;
Centro Infantil de Crestuma, integrado na rede de estabelecimentos do CRSS do Porto, com capacidade total de 150 crianças, distribuídas pelas valências de creche, jardim de infância e Actividades de Tempos Livres;
Igreja Paroquial de Santa Marinha de Crestuma;
Centro Social da Paróquia de Crestuma;
Capela do Aral;
Estação dos correios;
Centro de Saúde, integrado no SNS;
Sede da junta de freguesia;
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Crestuma;
Agência Funerária de Crestuma;
Posto Médico da Associação de Socorros Mútuos "A Restauradora Avintense";
Farmácia Correia de Melo;
Barragem de Crestuma/Lever.