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24 | II Série A - Número: 071 | 20 de Março de 2008

Em relação aos utensílios a utilizar, deve-se considerar que no mercado são comercializados conjuntos completos que têm agulha, tubo e ponteira, estéreis, para utilização única e descartáveis, com agulhas de diâmetros diferentes.
Em qualquer dos casos, há que considerar que as agulhas têm de ser, obrigatoriamente, estéreis, de uso único e descartáveis. Há também no mercado embalagens com ponteira estéril, de utilização única e descartável.
A área que vai ser tatuada deve ser inspeccionada cuidadosamente para se verificar se está livre, quer de infecções quer de outras alterações. Nunca tatuar uma pele lesada, edemaciada (inchada), queimada e bronzeada recentemente com verrugas, lesões congénitas ou nevus (sinais) Chama-se a atenção de que os sinais na pele, se estiverem cobertos por uma tatuagem, deixam de poder ser avaliados acerca de modificações que possam vir a sofrer.
Nunca tatuar consumidores que estejam sob a influência de álcool ou de drogas. O consumidor deve assinar o consentimento informado, cabendo ao técnico aplicador a informação correcta e clara dos riscos e complicações das tatuagens e piercings. A título de exemplo, os portadores de tatuagem/piercings podem, em caso de necessidade, dificultar alguns procedimentos terapêuticos (partos, anestesia epi-dural, cirurgias ortopédicas, hérnias, etc.).
Pode haver necessidade de cortar os pêlos aí existentes dependendo da parte do corpo que vai ser tatuada. Não sendo possível evitar o corte, este é efectuado imediatamente antes da intervenção, com material de uso único, descartável, de preferência com máquina de tricotomia, a qual corta os pêlos rente, sem lesar a pele, e possui cabeça descartável.
A utilização de lâmina em suporte implica obrigatoriamente que ambos sejam de uso único e descartáveis.
Não é permitida a utilização de máquina de barbear eléctrica, devido à dificuldade da sua higienização.
Certas tintas ou outras substâncias podem desencadear reacções alérgicas, pelo que antes da realização da tatuagem é indispensável perguntar ao consumidor se tem conhecimento de ter qualquer tipo de alergia, nomeadamente à tintura de iodo e/ou às soluções à base de iodopovidona.
Algumas pessoas podem ser alérgicas ao látex, material mais utilizado no fabrico de luvas de uso clínico e que muitas vezes é designado por borracha. Uma alergia ao látex pode expressar-se com diversos graus de gravidade. Pode tornar-se sintomática em pouco tempo, com aparecimento de língua edemaciada (inchada) tremores, desfalecimento e, nalguns casos, choque. Nestas últimas situações, é imperativo chamar-se a ambulância.
As pessoas que nunca tenham tido reacções alérgicas a pigmentos, ao látex ou a alimentos como a castanha, a banana, o tomate, o quivi, o abacate, a papaia, podem, em princípio, ser tatuadas sem risco.

Preparação da pele para a tatuagem

Não podem ser administrados anestésicos por via injectável quaisquer que sejam as circunstâncias, sendo que este tipo de administração só pode ser realizado por pessoal médico qualificado.
Pode-se utilizar um creme, uma pomada ou um gel anestésicos. O produto só pode ser usado no consumidor em questão. Qualquer quantidade sobrante não pode ser usada noutros consumidores. O anestésico tópico deve ser aplicado com uma espátula de uso único e individual, deixando-o actuar de acordo com as indicações do produto, para ser eficaz, período findo o qual deve removido, devendo a pele ser posteriormente desinfectada com álcool etílico a 70º. A tatuagem só pode vir a ser efectuada quando o creme já não estiver presente.
No diz respeito à pulverização com cloreto de etilo, este analgésico tem um efeito superficial e pouco acentuado. Podem-se formar ampolas por geladura (comparáveis às da queimadura) se a pulverização for feita demasiado perto da pele ou em demasiada quantidade. A tatuagem sobre as ampolas pode produzir uma infecção da área tatuada. As pulverizações de cloreto de etilo não devem ser usadas em geral e não o podem ser no rosto.
Antes de se fazer a tatuagem deve proceder-se à desinfecção da pele do consumidor utilizando álcool etílico iodado a 1% ou álcool etílico a 70º, aplicados com gaze esterilizada por tempo de exposição mínimo de um minuto.
Na desinfecção da pele também podem ser utilizados a solução alcoólica de iodopovidona ou o soluto alcoólico de cloro-hexidina.
Os produtos que tenham iodo devem ser removidos com álcool etílico a 70º, após ter passado o tempo de contacto recomendado.
Caso exista risco de inalação de álcool ou projecção de gotículas para os olhos e lábios, o técnico aplicador deve usar uma solução aquosa de iodopovidona e, após o tempo de contacto recomendado, removê-la com soro fisiológico estéril.