O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

20 | II Série A - Número: 071 | 20 de Março de 2008

ou com as mucosas não íntegras. São exemplos, a pele picada ou a raspada. O material crítico tem, obrigatoriamente, de ser estéril. Se não for de utilização única deve obrigatoriamente voltar a ser reprocessado (lavado, seco, empacotado e esterilizado) após o uso.

Considerações gerais

Na prática, quase todos os materiais usados na aplicação de piercings entram em contacto com pele escoriada, podendo ser mais seguro admitir que quase todos os utensílios e materiais devam ser lavados e esterilizados.
Por outro lado, é também necessário referir que para assegurar a esterilização é muito importante manter que o utensílio esterilizado até à sua utilização. Por essa razão, os objectos têm de ser esterilizados empacotados a não ser se forem para ser usados, directamente, após a esterilização. Chama-se a atenção para o facto de que os raios ultravioletas não são eficazes, no contexto presente, em relação aos vírus do SIDA e das Hepatites B e C, embora sejam eficazes nalgumas bactérias. Os aparelhos de raios ultravioletas e os aparelhos de microondas são apenas métodos complementares de limpeza e não servem para a desinfecção de utensílios.

Lavagem

Remoção da sujidade por acção mecânica e por acção de um detergente.
Sempre que possível, deve utilizar-se a lavagem dos materiais em máquina, quer através de tinas ultrasónicas quer através de máquinas de lavar, as quais também têm capacidade para desinfectar por meio de temperaturas elevadas ou de processos químicos.

1 — Lavagem manual: Deve-se proceder à prévia lavagem das mãos e utilizar luvas de borracha grossas ao manusear os utensílios, por forma a assegurar a para protecção individual devido ao risco de contaminação e de acidentes com objectos corto-perfurantes.
As mucosas da boca, do nariz e dos olhos devem ser protegidas com óculos e máscara apropriados.
Quando possível, a lavagem deve ser feita a seguir à intervenção a fim de não deixar secar no material restos orgânicos.
As peças articuladas ou de maior complexidade estrutural devem ser desmontadas antes da lavagem e devem ser esterilizadas abertas/separadas, para uma maior eficácia do processo de esterilização.
Na fase de imersão do material a temperatura da água não deve exceder os 40º de modo a que não haja coagulação das proteínas dos restos de produtos orgânicos, dificultando a sua limpeza. Na fase de enxaguamento a temperatura da água corrente deve ser superior a 40º (o mais quente possível) e deve-se ter sempre em atenção as instruções dos fabricantes/fornecedores do equipamento.
Após um período de contacto de cerca de 10 minutos procede-se à lavagem rigorosa de todas as superfícies, utilizando uma escova macia e mantendo o material debaixo de água a fim de se evitar os salpicos e a formação de aerossóis. Segue-se o enxaguamento com água corrente abundante. A secagem deve ser feita preferencialmente com papel absorvente que não deixe resíduos. Não é aconselhável o uso de panos recuperáveis.

2 — Lavagem ultra-sónica: A lavagem ultra-sónica é um método complementar de limpeza do material (seja lavado manualmente ou em máquina), que favorece a remoção de partículas aderentes, tais como coágulos sanguíneos e outros tecidos orgânicos, para limpeza completa dos instrumentos utilizados. Na lavagem manual a lavagem ultrasónica não dispensa a fricção mecânica do material e o posterior enxaguamento.
São necessários detergentes especiais de preferência enzimáticos e com reduzida formação de espuma.
No banho ultra-sónico as ondas ultra-sónicas produzem bolhas microscópicas que desprendem os contaminantes da superfície do objecto ainda que haja cavidades e lúmens.
Este tipo de lavagem é desejável para materiais com áreas que são difíceis de alcançar com uma escova ou com um objecto semelhante.

Desinfecção

Inactivação da maior parte dos microrganismos existentes por acção química de anti-sépticos e de desinfectantes ou por elevação da temperatura.

1 — Desinfecção de alto nível: Utilizada para o material semicrítico.