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23 | II Série A - Número: 071 | 20 de Março de 2008


4 — Após a aplicação do anestésico tópico deve esperar-se o tempo necessário para produzir efeito, ao que se deve seguir a sua remoção e a desinfecção da pele. Não se pode aplicar o piercing enquanto o medicamento ainda estiver presente à superfície da pele.
5 — Para terminar a preparação da zona a intervencionar, deve proceder-se à desinfecção da pele do consumidor utilizando álcool etílico iodado a 1% ou álcool etílico a 70º, aplicado com gaze esterilizada por tempo de exposição mínimo de um minuto. No caso da utilização do álcool iodado, uma vez passado o tempo para actuar, pode-se retirá-lo com álcool etílico a 70º para se evitar alguma irritação da pele provocada pelo iodo. Na desinfecção da pele também podem ser utilizados a solução alcoólica de iodopovidona ou o soluto alcoólico de cloro-hexidina.

A mucosa do consumidor

A mucosa, depois de lavada, é desinfectada. No caso da mucosa oral pode usar-se a iodopovidona, solução aquosa para gargarejos e para lavagens de boca, e o soluto de cloro-hexidina.
Na mucosa genital pode empregar-se a iodopovidona, solução aquosa ginecológica, ou a iodopovidona, solução dérmica.

Outros aspectos a considerar na preparação e aplicação de piercing:

1 — Na área de trabalho devem estar colocados, de forma acessível para o técnico aplicador, um contentor para corto-perfurantes, uma taça ou um balde para o material contaminado e outro recipiente para o material não contaminado rejeitado.
2 — Na área onde decorre o trabalho, sobre uma superfície e posicionado de forma conveniente para o técnico aplicador, deve ser colocado um tabuleiro de material liso, lavável e resistente à desinfecção, como, por exemplo, de aço inoxidável, limpo e desinfectado onde se colocam as embalagens de materiais estéreis que só devem ser abertas no acto de inicio do procedimento. As embalagens de utensílios esterilizados devem ser abertas mas o seu conteúdo não deve ser retirado no mesmo momento. No entanto, alternativamente, pode-se optar por no início colocar um campo esterilizado em cima do tabuleiro desde que todo o material que venha a ser colocado em cima dele seja estéril e se venha a usar luvas estéreis.
3 — Uma pequena lanterna ou um foco luminoso transdérmico podem ser empregues para iluminar a pele ou o tecido, evitando-se assim perfurar vasos sanguíneos em certas áreas do corpo como, por exemplo, no pavilhão auricular. A lanterna deve ser coberta com uma película de plástico antes de ser usada. A seguir ao seu uso em cada consumidor, a lanterna deve ser limpa e desinfectada com um desinfectante de baixo nível.
4 — Se for necessário medir o sítio da pele que vai ser perfurado deve ser usado um medidor que deve ser limpo e desinfectado após utilização em cada consumidor. A marcação deve ser efectuada, após desinfecção prévia da pele, com palitos limpos de uso individual e descartáveis. O corante violeta de gensiana deve ser retirado do recipiente onde se encontra e utilizado de forma a que não venha a ocorrer a contaminação retrógrada daquele que fica dentro do recipiente e que pode vir a ser usado noutros clientes. É obrigatória a desinfecção da pele após a sua marcação visto que é sobre esta que se irá proceder à perfuração.
5 — Após a preparação do sítio que vai ser perfurado, isto é, após a medição, marcação e desinfecção com anti-séptico, o técnico aplicador deve retirar as luvas, lavar bem as mãos e colocar um novo par de luvas estéreis para a aplicação do pírcingue.
6 — Caso os utensílios esterilizados sejam deixados nas suas embalagens sobre o tabuleiro de serviço, deve fazer-se de tal maneira que os mesmos possam ser pegados e retirados sem que venham a tocar em qualquer superfície não estéril. Importa ter atenção às superfícies onde as luvas tocam. As superfícies exteriores das embalagens não são estéreis.
7 — Constitui boa prática abrir as embalagens contendo as agulhas estéreis à frente do consumidor. Estas só devem ser mexidas na medida do necessário.
8 — Quando a intervenção terminar, as agulhas serão colocadas no contentor para corto-perfurantes, à frente do consumidor.
9 — Não devem ser aplicados mais do que dois piercings no mesmo consumidor, por dia.
10 — Não devem ser aplicados piercings na pele de superfícies planas tal como na do pescoço e da testa.
11 — Não devem ser aplicados piercings entre o dedo polegar e o dedo indicador, bem como nos outros espaços interdigitais das mãos e dos pés.

Anexo III

Boas práticas no decurso das actividades de tatuagem

Informações preliminares

Antes do consentimento informado deve ser entregue ao consumidor um folheto explicativo acerca dos riscos e eventuais complicações das tatuagens e dos piercings.