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49 | II Série A - Número: 057 | 21 de Janeiro de 2009

IV. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE E COMPARAÇÃO COM A ACTUALIZAÇÃO DE DEZEMBRO DE 2007

IV. 1 Análise de Sensibilidade Nesta secção descreve-se a evolução das principais variáveis macroeconómicas e orçamentais em resposta a dois tipos de choque exógeno: um aumento no preço do petróleo, assumindo-se como efeito qualitativo uma repercussão descendente no crescimento da procura externa e ascendente nos preços externos, e um aumento das taxas de juro. Os choques em sentido inverso, isto é, diminuições do preço do petróleo e da taxa de juro, implicam efeitos aproximadamente simétricos, razão pela qual se omite a sua exposição.
Nesse sentido, apresenta-se no Gráfico IV.1 a evolução das principais variáveis da economia nacional num cenário em que o preço do petróleo é 20% superior ao admitido no cenário base. Pressupõe-se que o choque ocorre em 2009 e que os efeitos são permanentes.
De referir que a interpretação dos resultados decorrentes da análise de sensibilidade realizada deve ser balizada em face da situação conjuntural actual, em que a evolução do preço do petróleo e das taxas de juro reflectem a redução das perspectivas de crescimento económico e de procura a nível mundial, e a instabilidade financeira, colocando em causa a sua validade enquanto reacções aos choques exógenos definidos.
A simulação revela um efeito negativo no crescimento real do PIB em 2009 e 2010, sobretudo devido aos efeitos adversos sobre a procura interna. Esta redução da actividade económica real induz efeitos negativos no mercado de trabalho, sendo visível um ligeiro aumento da taxa de desemprego em todo o horizonte de projecção.
O PIB nominal, tal como os preços no consumidor, exibe em 2009 uma subida face ao cenário base, reflectindo o impacto na inflação. Nos anos subsequentes este movimento inverte-se, fruto da pressão descendente sobre os preços que é induzida pelo abrandamento da actividade económica real. O défice externo apresenta também um comportamento menos favorável face ao cenário base, acentuando-se o efeito gradualmente ao longo do horizonte de previsão.
No que diz respeito ao impacto nas contas públicas, observa-se, no ano do choque, uma melhoria marginal do saldo orçamental, influenciado pelo aumento do PIB nominal, situação que se inverte nos anos seguintes devido ao efeito negativo na receita fiscal, induzido pela quebra da actividade económica.
Em linha com esta dinâmica, a dívida pública apresenta uma melhoria temporária face ao cenário base em 2009, apresentando um aumento gradual ao longo do restante horizonte de previsão.

Capítulo 4