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16 | II Série A - Número: 090 | 28 de Março de 2009

nomeava e apresentava o cura de cada uma delas. Com a extinção das ordens religiosas e da Colegiada em 1834, o Olival passou a priorado, possuindo também um coadjutor, integrado na diocese de Leiria.
O poder executivo de cada freguesia (paróquia) era inicialmente exercido pela «Confraria do Subsino» até que em 1834, com a monarquia liberal, se estabelece a «Junta da Paróquia», nomenclatura alterada para «Junta de Freguesia» em Outubro de 1910, pouco depois da instauração do regime republicano. Existe documentação da freguesia do Olival destas fases do poder administrativo, dispersa por vários arquivos.
Sobre os alicerces da igreja atrás referida, foi erigida no Séc. XIV uma igreja ainda hoje existente, dedicada a Nossa Senhora da Purificação e de maiores dimensões. Nela foi sepultado Martim Anes do Bocifal, religioso abastado. No seu testamento, que constitui documento precioso para o estudo da freguesia no séc. XIV, para além de muitas outras resoluções, perto da igreja estabeleceu uma albergaria-hospital para peregrinos e dotou-a de meios de subsistência. Este hospital entrou em declínio com o passar dos séculos, sendo então desviados os seus bens para a fundação do hospital da Misericórdia de Leiria, no tempo do bispo D. Manuel de Aguiar, em finais do séc. XVIII.
A igreja, alterada em épocas sucessivas, apresenta pinturas e azulejos seiscentistas, azuis e brancos dos tipos enxequetado e padrão. Contém imaginária do Séc. XV ao Séc. XVIII, e talha dourada setecentista.
Actualmente está em recuperação do estado vetusto e desleixado em que se encontrava. A par, situa-se nova igreja matriz, de cunho moderno.

Em 1172 D. Afonso Henriques fez doação e couto de Tomareis, perto do Olival, a Gonçalo Hermingues, o «Traga-Mouros», cavaleiro templário fidalgo da corte de D.Afonso Henriques, que veio a professar e aí fundou capela e pequeno mosteiro, com outros religiosos cistercienses de Alcobaça, ao ficar viúvo da sua amada moira Fátima, convertida e baptizada com o nome de Oureana. Esta «abadia» marcou a toponímia local, muito embora dela não restem ruínas.
Existe também no Olival um outro monumento de interesse público, a capela de Nossa Senhora da Conceição, com galilé envolvente, que contém tecto com caixotões pintados e paredes forradas com azulejos quinhentistas, para além de uma escultura arcaizante de pedra policroma da Virgem e o Menino e de frescos do séc. XVI no arco triunfal. Foi reedificada em 1578 e confirmado o compromisso da confraria por el-rei D.
Henrique. Junto a esta capela funcionou uma albergaria fundada no séc. XV por Diogo da Praça, que lhe doou fazenda.

Antiga Igreja Paroquial – Templo Quatrocentista Consultar Diário Original