O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

37 | II Série A - Número: 111 | 24 de Março de 2011

Já no início do século XIX, (1809) quase todo o concelho de uma forma geral foi agitado pela presença indesejável das tropas francesas do General Soult. Daqui resultou a destruição e saque de alguns bens religiosos e civis das freguesias do concelho, tendo ocorrido o maior combate na gândara de Albergaria-aNova, Freguesia da Branca.
A constituição municipalista da vila de Albergaria-a-Velha ao longo dos tempos sofreu alterações, não se apresentando tal como a conhecemos hoje.
Albergaria não teve Carta de Foral, sendo terra doada a coroa não exercia direitos sobre ela. Em 1834, como Freguesia, fazia parte do termo de Aveiro. Neste período destaca-se a Freguesia de Alquerubim através da cabeça de concelho que era Paus e que tinha o forte apoio da corrente partidária dos cabralistas. Assim, durante o período de 1834 a 1855 a mutação administrativa foi uma constante. Pela portaria de 31 de Dezembro de 1836 e com a reforma Administrativa de 18 de Março de 1842, Albergaria-a-Velha afirma-se com a convicção de concelho já com as freguesias de Alquerubim, Albergaria-a-Velha, S. João de Loure e Vale Maior. Extinguindo-se o concelho de Paus apadrinhado até então pelo partido Cabralista o novo Concelho impõe-se com o apoio da facção contrária cuja actividade do movimento era bem nítida.
Com a extinção dos concelhos de Angeja a 31 de Dezembro de 1853 e do da Bemposta em 24 de Outubro de 1855, ao concelho de Albergaria foram anexadas pelo primeiro as freguesias de Angeja e Frossos e pelo segundo Branca e Ribeira de Fráguas.

II — Enquadramento geográfico e demográfico

Albergaria-a-Velha é uma vila portuguesa pertencente ao distrito de Aveiro, Região Centro e sub-região do Baixo Vouga, com cerca de 7 400 habitantes.
É sede de um município com 158,83 km² de área e 26 279 habitantes (2008) subdividido em 8 freguesias.
O município é limitado a norte pelos municípios de Estarreja e Oliveira de Azeméis, a leste por Sever do Vouga, a sueste por Águeda, a sudoeste por Aveiro e a noroeste, através de um canal da Ria de Aveiro, pela Murtosa.
A sua proximidade aos centros urbanos, económica e culturalmente importantes, como Coimbra, Porto, Aveiro e Viseu, possibilitou o seu desenvolvimento socioeconómico, progresso e melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes.
Esta localidade terá, muito provavelmente, as melhores vias de acesso e com mais facilidades de deslocação dentro do distrito e da Beira Litoral.

III — Actividade económica

Banhado pelos rios Caima e Vouga que tornam, desde há séculos, particularmente férteis os seus campos, tanto para a agricultura como para a criação de gado, talvez se possa considerar o Município de Albergaria-aVelha como essencialmente agrícola, embora muitas actividades de cariz industrial se tenham, desde há anos, aqui radicado, contando com óptima localização para o escoamento dos seus produtos.
No município de Albergaria-a-Velha o sector secundário é o que tem maior representatividade com 56,2% da população activa, inserindo-se o Município numa região com fortes tradições industriais.
O sector primário ocupa apenas 13,6% da população activa e no sector terciário ocupam-se 30%.
O sector secundário tem representatividade na indústria transformadora com 74%, de que assume especial importância a fabricação de produtos metálicos, indústrias básicas de metais não ferrosos, indústria têxtil e indústria de madeira.
Predominam as empresas de pequena e média dimensão com 75% das empresas tendo menos de 20 trabalhadores.
A indústria transformadora do Município concentra-se essencialmente nas freguesias de Albergaria-a-Velha e Branca, que fixam à volta de 90% dos postos de trabalho.
O município de Albergaria-a-Velha beneficia de uma posição geoestratégica, sendo privilegiado com a criação de uma forte e bem estruturada Zona Industrial, na qual assenta, principalmente, o seu desenvolvimento. As actividades do sector secundário mais exercidas no Município são a fundição, as