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12 DE OUTUBRO DE 2012

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Que estude uma alternativa ao “Pórtico do Estádio” defendendo os melhores interesses de Aveiro e

acabando com uma grave injustiça para com os aveirenses.

Assembleia da República, 10 de outubro de 2012.

Os Deputados: Luís Montenegro (PSD) — Raúl de Almeida (CDS-PP) — Ulisses Pereira (PSD) — Hélder

Amaral (CDS-PP) — Paulo Cavaleiro (PSD) — Teresa Anjinho (CDS-PP) — Couto dos Santos (PSD) — Carla

Rodrigues (PSD) — Maria Paula Cardoso (PSD) — Amadeu Soares Albergaria (PSD) — Bruno Coimbra

(PSD).

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PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 477/XII (2.ª)

RECOMENDA A CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES PARA QUE OS PORTUGUESES COM UMA FORMAÇÃO

ACADÉMICA OU PROFISSIONAL ESPECIALIZADA NÃO TENHAM DE EMIGRAR E PARA QUE POSSAM

REGRESSAR AQUELES QUE ABANDONARAM O PAÍS

Os tempos de crise económica são propícios aos fenómenos migratórios e, nos últimos tempos, tem-se

verificado uma preocupante debandada de portugueses de todas as idades e com qualificações profissionais e

académicas das mais diversas, por não encontrarem no país realização pessoal ou profissional.

Os dados disponíveis sobre a frequência e conclusão de cursos superiores revelam que Portugal tem hoje

a geração mais bem formada de sempre, mas também, provavelmente, a mais desiludida, devido à falta de

oportunidades para aplicarem no País aquilo que aprenderam, honrando assim o esforço que ao longo dos

anos foi feito pelo Estado e pelas famílias na sua formação.

Um estudo divulgado pelas associações académicas em meados de Agosto, com a designação “Mobilidade

Profissional e Internacionalização do Emprego Jovem”, revelava que 69% dos estudantes queriam abandonar

o país quando terminassem o curso, precisamente porque têm a perceção que não conseguem um emprego

compatível com as suas qualificações, seja por desadequação com a sua formação, seja porque os salários

oferecidos ficam muito aquém das suas expetativas de uma vida digna.

E esta situação poderia, pelo menos, ser atenuada se houvesse um acompanhamento da transição dos

estudantes do meio académico para o mundo do trabalho, designadamente para se apurar o seu grau de

satisfação profissional e a adequação da sua formação às funções que desempenham.

De acordo com o recente relatório “Trackit”, da Associação Europeia das Universidades, Portugal é dos

poucos países na União Europeia que não possui um sistema nacional de recolha de informações sobre o

emprego de diplomados, mesmo que algumas instituições universitárias o façam por sua iniciativa. E é

fundamental ter um conhecimento sobre a situação dos nossos quadros e diplomados, para que se possa

aferir da eficácia da ligação entre a universidade e as empresas e para saber se os recursos humanos estão

ou não a ser devidamente aproveitados e reconhecidos.

Assim, seria importante mobilizar os parceiros sociais para discutir este problema, devendo ser encarado

como um desígnio nacional minorar por todos os meios os danos para o nosso desenvolvimento futuro devido

à fuga de quadros, técnicos e jovens licenciados em áreas que vão da saúde às engenharias, das artes às

ciências e em outras profissões especializadas. Não só para podermos salvaguardar o nosso futuro coletivo e

a aposta num desenvolvimento sustentado, mas também para honrar o investimento que o País e as famílias

fizeram na educação ao longo de gerações, fundamental para interromper os ciclos migratórios que tanto têm

marcado a nossa História, por vezes mesmo de forma dramática. Os jovens são sempre o mais precioso

recurso de um país. Se forem forçados a abandoná-lo, poderão nunca mais querer voltar, como muitas vezes

acontece nas histórias de emigração.

O próprio Presidente da República, na última cerimónia do 5 de Outubro, chamou a atenção para esta

situação que o país está a viver de fuga dos nossos recursos humanos para o estrangeiro e defendeu a

necessidade de serem criadas condições para que não abandonem o País e possam pôr o seu saber e