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II SÉRIE-A — NÚMERO 27

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substancial no consumo de bens duradouros tem revelado fortes repercussões nas receitas fiscais. O desemprego é hoje o maior flagelo social do País. O principal objetivo do programa, tal como definido na sua génese é a de recuperar a credibilidade e a

confiança em Portugal. A taxas de juro tem vindo a cair, esta evolução traduz uma mudança decisiva nas perspetivas de

financiamento da economia portuguesa e atesta a confiança internacional de Portugal. A continuação da execução rígida é condição para o apoio dos nossos parceiros da área do euro. O

cumprimento das metas é também condição para o acesso ao apoio por parte do Banco Central Europeu. Em conclusão, O Governo tem cumprido o Programa, apoiado por uma administração pública empenhada,

mas o processo de ajustamento deve-se ao esforço e sacrifico de todos os portugueses.

2.2. O Desafio da Mudança: a transformação estrutural da Economia Portuguesa – Cenário

Macroeconómico para 2013

As atuais projeções do FMI apontam para um abrandamento do crescimento da economia mundial em 2012, e para um reforço gradual do crescimento a partir de 2013. Estas previsões traduzem uma revisão em baixa das previsões apresentadas por esta instituição em abril deste ano. Uma das razões para a revisão em baixa das perspetivas macroeconómicas prende-se com a intensificação da crise da dívida soberana na área do euro e o seu alastramento a um conjunto alargado de economias (em particular, Espanha e Itália) com impacto significativo nos custos de financiamento e nos níveis de confiança.

Assim, as perspetivas para o conjunto dos anos 2012 e 2013 apontam para uma desaceleração do crescimento económico mundial.

As GOP para 2013 apresentam um cenário macroeconómico que aponta para uma contração do PIB em 3% em 2012, em consequência de uma acentuada quebra na procura interna. A taxa de desemprego deverá situar-se nos 15,5%. Prevê-se que a forte dinâmica das exportações permitirá compensar parcialmente este efeito. É de salientar que este contributo permitirá, em 2012, atingir o equilíbrio da balança de bens e serviços.

As estimativas para 2012 e as previsões para 2013 são apresentadas de acordo com o quadro seguinte:

Quadro 1.2 – Cenário Macroeconómico

(Taxas de variação homóloga em volume, %)

Fontes: INE, MF. (p) previsão.

PIB e Componentes da Despesa (em termos reais)

PIB 1,4 -1,7 -3,0 -1,0Consumo Privado 2,1 -4,0 -5,9 -2,2Consumo Público 0,9 -3,8 -3,3 -3,5Investimento (FBCF) -4,1 -11,3 -14,1 -4,2Exportações de Bens e Serviços 8,8 7,5 4,3 3,6Importações de Bens e Serviços 5,4 -5,3 -6,6 -1,4

Evolução dos Preços

Deflator do PIB 1,1 0,7 0,3 1,3IPC 1,4 3,7 2,8 0,9

Evolução do Mercado de Trabalho

Emprego -1,5 -1,3 -4,3 -1,7Taxa de Desemprego (%) 10,8 12,7 15,5 16,4Produtividade aparente do trabalho 2,9 -0,4 1,3 0,7

Saldo das Balanças Corrente e de Capital (em % do PIB)

Necessidades líquidas de f inanciamento face ao exterior -8,4 -5,1 -1,1 1,0- Saldo da Balança Corrente -9,7 -6,6 -2,6 -0,6 da qual Saldo da Balança de Bens -10,0 -7,2 -3,6 -2,1- Saldo da Balança de Capital 1,3 1,4 1,5 1,6

2010 2011(p) 2012(p) 2013(p)