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27 | II Série A - Número: 138 | 1 de Julho de 2014

Economia Portuguesa e Finanças Públicas: Evolução I.2.6. Mercados Financeiros Em linha com as exigências da supervisão para os rácios de solvabilidade dos bancos e com a necessidade de ajustamento dos balanços das empresas não financeiras e famílias, o crédito concedido ao sector privado continuou a registar variações negativas em todos os segmentos. Assim, observou-se, em Portugal, uma redução dos empréstimos bancários concedidos ao sector privado não financeiro, cuja taxa de variação anual diminuiu para -4,4% em dezembro de 2013 (-5,3% em dezembro de 2012). Esta melhoria foi comum quer às sociedades não financeiras quer aos particulares, destacando-se para o último caso uma quebra mais pronunciada no crédito ao consumo. No caso das sociedades não financeiras, desde o final de 2012 tem-se assistido a um abrandamento da contração do crédito obtido em Portugal – mais significativo nos empréstimos de 1 a 5 anos – contrariamente à evolução registada para a área do euro, cuja tendência foi caracterizada por uma deterioração neste segmento de empréstimos. A menor contração registada na concessão de empréstimos em Portugal a sociedades não financeiras foi extensível à maioria dos sectores, com exceção da construção, alojamento e restaurantes, indústrias extrativas e atividades de informação e comunicação, os quais apresentaram uma diminuição mais intensa.
Os empréstimos de cobrança duvidosa tornaram a aumentar em 2013, particularmente no segmento das empresas não financeiras e famílias, e especialmente dos empréstimos para consumo e outros fins. De facto, em dezembro de 2013, o peso dos empréstimos de cobrança duvidosa subiu para as sociedades não financeiras (com destaque para os sectores da construção e do imobiliário) e para os particulares no segmento para outros fins, situando-se em 11,8% e em 12,6%, respetivamente (9,4% e 11,6%, respetivamente, em dezembro de 2012) e desceu ligeiramente para o consumo, para 11,7%. Em relação à materialização do risco de crédito para a habitação, o peso dos empréstimos de cobrança duvidosa também aumentou, mas continuou a apresentar níveis de incumprimento contidos, situando-se em 2,3% em dezembro de 2013 (2,1% em dezembro de 2012), para o qual tem contribuído o nível relativamente baixo das taxas de juro evitando subidas substanciais da prestação média nos contratos deste segmento.
Prosseguindo a evolução registada em 2012 mas de forma menos pronunciada, as taxas de juro do crédito evoluíram no sentido descendente em 2013, tendência mais acentuada para o crédito à habitação, cuja taxa de juro média desceu para 1,5% em dezembro de 2013 (1,6% em dezembro de 2012). Quanto às taxas de juro dos empréstimos concedidos às empresas não financeiras, estas situaram-se em torno de 4,4% em dezembro de 2013, ligeiramente abaixo das registadas no final de 2012. Esta situação resultou na manutenção do spread entre as taxas de juro dos empréstimos e a


Conta Geral do Estado de 2013

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