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26 | II Série A - Número: 015 | 10 de Outubro de 2014

6.  Atenção:  a  realidade  tem  ficado  aquém  das  projeções  mais  negativas.  
Transcorridos  dois  anos  sobre  o  ano  de  base  das  presentes  projeções,  verifica-­‐se  que  
a   evolução   da   população   portuguesa   se   tem   posicionado   num   nível  
substancialmente  inferior  ao  do  cenário  baixo  (valores  do  ISF  inferiores  a  1.3  e  saldos  
migratórios  negativos).    
Ou  seja,  a  realidade  concreta  tem  ficado  aquém  das  projeções  mais  negativas.    
Nestas  circunstâncias,  os  ajustamentos  relativos  à  evolução  e  recomposição  da  
população  vão  repercutir-­‐se  dramaticamente  sobre  toda  a  evolução  da  sociedade  
portuguesa.  
 
7.   A   boa   notícia:   a   fecundidade   desejada   é   de   2,31   filhos.  Os  recentes  
resultados  do  Inquério  à  Fecundidade  de  2013,  num  trabalho  cooperativo  entre  o  
Instituto  Nacional  de  Estatística  e  a  Fundação  Francisco  Manuel  dos  Santos,  realçam  
diferentes  tipos  de  fecundidade  entre  a  população  inquirida  (mulheres  dos  18  aos  49  
anos  e  homens,  dos  18  aos  54  anos).  
Os  níveis  de  fecundidade  desejada,  que  remetem  para  o  desejo  íntimo  de  
cada   pessoa,   dissociados   de   quaisquer   constrangimentos,   correspondem   a   um  
número  médio  de  filhos  superior  ao  valor  de  referência  para  a  substituição  de  
gerações:   “as   pessoas   desejam   2,31   filhos,   em   média,   sendo   este   valor   de   2,29  
filhos  para  as  mulheres  entre  18  e  49  anos,  e  de  2,32  para  os  homens  com  idades  
entre  18  e  54  anos”.  
 
8.   Mudanças   profundas   de   valores   e   atitudes.   Portugal   está   a   mudar  
profundamente  atitudes  e  comportamentos,  os  valores  culturais  tradicionais  estão  a  
ser  substituídos  por  outros,  sem  que  isso  corresponda  sempre  à  concretização  dos  
desejos  dos  jovens  e  dos  casais.  Factores  como  a  idade  média  do  casamento  e  a  
idade  da  mãe  quando  do  nascimento  do  1º  filho  (25  anos  de  idade  em  1960  e  29,7  
anos  de  idade  em  2013),  a  divorcialidade  e  a  conjugalidade,  a  educação  das  crianças,  
a   igualdade   homem-­‐mulher,   variando   ao   longo   do   tempo,   revelam   as   alterações  
drásticas  operadas  ao  nível  da  instituição  familiar,  da  fecundidade  da  mulher  e  da  
nupcialidade  da  nossa  população.  Tais  realidades  novas  têm  de  estar  presentes  na  
formulação  das  políticas  públicas  de  Promoção  da  Natalidade.