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18 | II Série A - Número: 052 | 22 de Dezembro de 2014

Locais de Interesse

ORIGENS DAS VILAS DE OLIVAL BASTO (extraído do livro de Maria Máxima Vaz)

A revolução industrial, no século XIX, trouxe à cidade de Lisboa muitas famílias provenientes de todos os pontos do País. Albergar essas famílias numa cidade sem estruturas para isso, constituiu um grande problema, uma das vertentes da questão social, que se estendeu até aos dias de hoje. A solução de emergência foi abrir, a muitas dessas famílias, as portas dos velhos palácios, desabitados há vários anos e em adiantado estado de degradação, de que temos inúmeros exemplos em Lisboa, sobretudo em Alcântara e Marvila - eram os chamados pátios.

Posteriormente, construiu-se habitação social - as vilas - geralmente em sistema de mono-habitação, bairros de casas quase sempre todas iguais, umas vezes de um piso, outras com mais pisos. Nalgumas vilas, havia mais de um modelo, como foi o caso da vila Grandela, porque as casas para os funcionários administrativos eram de planta diferente das casas dos operários fabris.
Em Olival Basto, edificaram-se cinco vilas. Em cada uma delas, as habitações eram todas iguais, mas diferentes de vila para vila. Aqui viviam famílias cujos membros tinham várias atividades; alguns trabalhavam em Lisboa, na indústria, no comércio ou prestação de outros serviços, mas outros dedicavam-se a trabalhos locais, sobretudo agrícolas. Havia quem trabalhasse por conta própria. A composição social e a situação económica dos seus habitantes, era muito heterogénea, situação que não se verificava, geralmente nas vilas.
Algumas habitações destas vilas já desapareceram, sacrificadas ao traçado das vias rápidas. As que ainda ficaram, muitas estão desabitadas e no início de um processo de degradação, que nos faz prever um fim muito próximo.
Nem todas seriam destinadas a operários fabris. Porque havia grande atividade agrícola na lezíria, nomeadamente na Quinta da Várzea, muitos trabalhadores rurais terão habitado algumas das casas destas vilas, que passo a enumerar:

- VILA CARINHAS, que já não está completa; devido às obras da CREL e da CRIL, foram sacrificadas algumas das suas habitações, conservando-se sete, todas com a mesma planta e pequeno pátio à frente, limitado por gradeamento e ainda quintal, nas traseiras.

- VILA GORDICHO - tem sete habitações, todas elas desocupadas. Foi numa destas casas que se instalou uma pequena indústria de cristalização de frutas.

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