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27 DE NOVEMBRO DE 2015 207______________________________________________________________________________________________________________

• Rever o modelo de financiamento da ERC, garantindo a sua independência face ao

poder político e assegurar uma maior articulação com as entidades reguladoras das

comunicações e da concorrência.

3. REFORÇAR O INVESTIMENTO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA, DEMOCRATIZANDO A INOVAÇÃO

Ao longo dos últimos vinte e cinco anos assistimos a uma transformação assinalável na

quantidade e qualidade do conhecimento científico e tecnológico produzido e difundido

em Portugal. O reforço das instituições científicas e de ensino superior e a exposição dos

investigadores portugueses a mais e melhores centros de conhecimento a nível

internacional, complementados por políticas públicas de financiamento da atividade

científica, permitiram sustentar mecanismos de transferência de conhecimento entre

gerações de cientistas e entre estes e a sociedade nas suas diferentes dimensões.

No entanto, este percurso foi interrompido em 2011, quando foi rompido o amplo

compromisso social e político com a ciência, usando sistematicamente o argumento de

financiar apenas a «excelência» e de aumentar a seletividade no acesso à ciência, sobretudo

com base em processos de avaliação avulsos. Nenhum sistema científico é sustentável se

assente apenas num grupo restrito e exclusivo de cientistas.

Os resultados das políticas dos quatro últimos anos mostram opções mal informadas e

políticas públicas erradas, com alteração de todos os procedimentos sem os calibrar e testar

convenientemente. Todos, instituições de ensino superior, docentes, cientistas e estudantes,

criticaram as políticas fundadas na ignorância e no preconceito, assentes na fúria de destruir

o que estava bem feito e que tinha garantido o sucesso da ciência e a superação do atraso

científico português. Descredibilizou-se a prática da avaliação científica independente e

impossibilitou-se a utilização dos seus resultados como ferramenta de gestão estratégica no

interior das instituições.

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