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II SÉRIE-A — NÚMERO 132 24

Economia Portuguesa e Finanças Públicas: Evolução

em especial do consumo privado e do investimento, complementado por uma ligeira melhoria do

contributo da procura externa líquida.

Face ao ano precedente, a desaceleração do PIB deveu-se a um abrandamento generalizado de

todas as componentes do PIB, com destaque para o investimento (-4,6 pp), exportações (-1,7 pp) e

importações (-3,9 pp). Ainda assim, o contributo da procura externa líquida foi, em 2016, menos

negativo do que o registado um ano antes.

QUADRO 2 – PIB e principais componentes

(taxas de variação homóloga, em %)

2015 20162014 2015 2016

I II III IV I II III IV

Taxa de crescimento homólogo real (%)

PIB 0,9 1,6 1,4 1,7 1,7 1,6 1,4 1,0 0,9 1,7 2,0

Consumo Privado 2,3 2,6 2,3 2,8 3,4 2,1 1,9 2,5 1,6 1,9 3,0

Consumo Público -0,5 0,7 0,5 -0,2 1,1 1,0 1,1 1,2 0,5 0,2 0,3

Formação Bruta de Capital Fixo 2,3 4,5 -0,1 8,8 5,9 2,1 1,5 -2,5 -2,2 -0,1 4,5

Procura Interna 2,2 2,5 1,5 1,8 3,9 2,0 2,4 1,5 0,8 1,0 2,5

Exportações 4,3 6,1 4,4 7,7 7,6 5,6 3,7 3,7 1,9 5,6 6,4

Bens 4,3 6,6 4,7 8,6 8,0 6,5 3,5 3,8 2,5 5,8 6,5

Serviços 4,5 4,8 3,6 5,4 6,5 3,2 4,2 3,2 0,1 5,0 5,9

Importações 7,8 8,2 4,4 7,6 13,0 6,4 6,0 4,8 1,5 3,9 7,3

Bens 7,6 8,5 4,7 7,4 13,4 6,9 6,5 5,3 1,9 4,2 7,5

Serviços 8,7 6,4 2,0 9,0 10,4 3,6 3,2 1,4 -1,0 1,6 6,0

Contributos para o crescimento do PIB (pontos percentuais)

Procura Interna 2,2 2,6 1,5 1,8 3,9 2,1 2,4 1,5 0,8 1,0 2,6

Procura Externa Líquida -1,4 -1,0 -0,1 -0,1 -2,3 -0,5 -1,1 -0,6 0,1 0,7 -0,5

Fonte: Instituto Nacional de Estatística Nota: Contas Nacionais Trimestrais

O consumo privado registou um crescimento de 2,3%, menos 0,3 pp do que em 2015. Esta

desaceleração resultou essencialmente da desaceleração do consumo de bens correntes e serviços,

enquanto o consumo de bens duradouros permaneceu robusto.

Em termos nominais, o crescimento do consumo privado fixou-se nos 3,4%, 0,2 pp acima do

registado pelo rendimento disponível das famílias, levando a uma descida da taxa de poupança para

os 4,4% (4,5% em 2015).

O consumo público apresentou um crescimento real de 0,5% em 2016, menos 0,1 pp do que 2015.

Para esta desaceleração concorreu o consumo intermédio (-1,6 pp) e as prestações sociais em espécie

(-1,4 pp). Já as despesas com pessoal cresceram 0,8% (-0,7% em 2015), refletindo as dinâmicas do

emprego público.

O investimento4 foi a componente da procura interna que mais contribuiu para a desaceleração da

atividade económica. Após crescer 4,7% em 2015, a FBCF apresentou uma quebra de 0,1% em 2016.

A construção foi a componente que mais contribuiu para esta evolução, tendo o investimento nesta

4 Formação bruta de capital fixo (FBCF).

Conta Geral do Estado de 2016 5