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II SÉRIE-A — NÚMERO 155 18

energias renováveis e de produção industrial mais sustentável, concorrerá para a descarbonização. Os

territórios necessitam de comunidades ativas. O envolvimento dos cidadãos nos processos de decisão e

implementação das opções estratégicas será cada vez mais uma tendência suportada nas novas tecnologias

(que permitem partilhar informações, recolher opiniões e fomentar a discussão sobre as principais questões

urbanas). O urbanismo participativo e colaborativo contribuirá para a conceção de governos mais

transparentes e eficientes, para o incentivo da cidadania e para a maior resiliência urbana. Os serviços

de acesso digital vão contribuir para uma maior equidade territorial.

Simultaneamente, os mercados financeiros poderão reforçar o seu poder sobre os territórios. Os investidores

financeiros internacionais tornaram-se credores dos territórios e passaram a avaliar e a condicionar o seu valor

de mercado. Os movimentos de capitais internacionais passaram a ser determinantes na fixação do preço dos

ativos nacionais, tanto imobiliários como mobiliários (ações, obrigações, títulos de dívida pública), no nível das

taxas de juro e na remuneração da poupança nacional.

Por outro lado, haverá mais ligações entre a esfera económica global e a escala local. Os processos de

produção poderão ser mais desconcentrados, pois os custos dos transportes vão diminuir (nomeadamente

veículos autónomos e drones) e a robótica, a impressão 3D e a tecnologia logística estão a reduzir os custos de

fabricação, permitindo que a produção em pequena escala seja lucrativa. As estruturas económicas poderão ser

mais pequenas e estar mais próximas dos mercados finais, podendo contribuir para contrariar o abandono de

certos territórios.

A tecnologia abre mais oportunidades para as pessoas escolherem onde viver atendendo às suas

preferências relativamente aos locais e aos estilos de vida que pretenderem ter. Esta dimensão poderá ser uma

oportunidade para os territórios de menor densidade. Todavia, será necessário garantir serviços de comunicação

adequados e estáveis.

Fatores de risco associados à globalização e à evolução tecnológica, por NUTS II

Fonte: Comissão Europeia (2017), «A Minha Região, A minha Europa, O Nosso Futuro: Sétimo relatório sobre a coesão económica, social e territorial»