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II.3. Perspetivas Macroeconómicas para 2019

II.3.1. Hipóteses Externas

Após uma aceleração da procura externa relevante para Portugal em 2017 (5,1%, que compara com 3,3%, em 2016) é esperada uma desaceleração em 2018 e 2019. Esta evolução resulta da expectativa de moderação do comércio mundial na sequência de tensões comerciais associadas a políticas protecionistas, bem como de um menor dinamismo da economia da área do euro, cujo crescimento do PIB deve abrandar de 2,4%, em 2017, para 2% e 1,9%, respetivamente em 2018 e 2019.

De entre os principais parceiros comerciais de Portugal, é esperada, para 2019, a continuação da desaceleração do PIB de Espanha e de Itália; uma estabilização do crescimento do PIB de França e da Alemanha, ambos com um crescimento inferior a 2%; e a manutenção de um crescimento moderado no Reino Unido.

Quadro II.3.1 PIB e importações (variação homóloga real, em percentagem)

Fontes: Eurostat. Previsões para 2018 e 2019: FMI, World Economic Outlook, outubro de 2018.

As importações de bens e serviços destas economias abrandaram no 1.º semestre de 2018, com destaque para um recuo particularmente significativo do Reino Unido e da Itália. Contudo, prevê-se que as importações desses países, com exceção da Itália, aumentem em 2019.

Quadro II.3.2 Enquadramento internacional – principais hipóteses

Nota: (p) previsão; (a) Os valores do Preço do Petróleo para 2018/19 baseiam-se nos futuros do brent; b) Euribor a três meses. Fontes: Ministério das Finanças; FMI, World Economic Outlook, outubro de 2018.

Após um aumento em 2018 (que se estima seja o mais elevado dos últimos 6 anos), as expectativas implícitas nos mercados de futuros apontam para que o preço do petróleo ascenda a 72,2 USD/bbl em 2019 (cerca de 60,6 EUR/bbl), refletindo a persistência de tensões geopolíticas no Médio Oriente (imposição de sanções pelos EUA ao Irão no período mais recente) e também noutros países exportadores de petróleo (caso da Venezuela), com possíveis perturbações do lado da oferta. Expresso em euros, o preço do petróleo apresenta um perfil ainda mais acentuado, em parte explicado pela depreciação esperada da taxa de câmbio do euro face ao dólar. Os preços das matérias-primas não energéticas, em dólares, deverão registar uma quebra em 2019, após um aumento significativo nos dois últimos anos.

Num contexto de redução gradual do impacto dos estímulos não convencionais adotados nos últimos anos pelo BCE, a taxa de juro de curto prazo (Euribor a 3 meses) deverá exibir um perfil ligeiramente ascendente, embora se mantenha em níveis historicamente baixos.

3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º TÁrea do Euro 2,4 2,8 2,7 2,4 2,1 2,0 1,9 4,2 4,2 3,7 2,7 2,7 4,0 4,5Espanha 3,1 3,1 3,1 3,0 2,7 2,7 2,2 4,7 5,9 5,2 2,8 2,1 2,6 3,2Alemanha 2,2 2,7 2,8 2,0 1,9 1,9 1,9 5,3 6,3 4,9 3,6 3,6 3,6 5,1França 2,2 2,7 2,8 2,1 1,7 1,6 1,6 4,2 4,2 3,8 1,4 2,9 3,1 4,4Itália 1,5 1,7 1,6 1,4 1,2 1,2 1,0 5,8 6,3 5,0 1,5 2,1 3,6 3,0Reino Unido 1,7 1,8 1,4 1,1 1,2 1,4 1,5 3,3 2,0 1,7 0,6 -0,6 -0,3 0,6

2018P 2019P

PIB Importações

2017 2017 2018 2018P 2019P 2017 2017 2018

Crescimento da procura externa relevante (%) MF 3,3 5,1 4,8 4,2Preço do petróleo Brent (USD/bbl) NYMEX 45,1 54,8 72,9 72,2Taxa de juro de curto prazo (média anual, %) (a) FMI -0,3 -0,3 -0,3 -0,1Taxa de câmbio do EUR/USD (média anual) FMI 1,11 1,13 1,19 1,19

2019(p)Fonte 2016 2017 2018(p)

15 DE OUTUBRO DE 2018________________________________________________________________________________________________________

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