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II SÉRIE-A — NÚMERO 89

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a) PIB ‘per capita’ (PPC) – Posição: 16/19

Apesar do crescimento do PIB que se tem vindo a verificar, constatamos que o PIB per capita português,

medido em Paridade de Poder de Compra, é um dos piores da Zona Euro. Em 2017, este indicador sofreu,

segundo o INE, um decréscimo de 0,6 p.p.

b) Investimento público em percentagem do PIB – Posição: 19/19

O investimento público em Portugal, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo em percentagem do PIB

encontra-se em valores historicamente baixos. Quanto a este indicador, Portugal ocupa mesmo o pior lugar

entre os países da Zona Euro, ex aequo com a Irlanda. O sacrifício do investimento público, de resto bandeira

usual dos governos Socialistas, tem-se vindo a evidenciar não só na degradação dos serviços públicos (veja-se

o estado do SNS) mas também no crescente número de greves e manifestações das diversas classes

profissionais.

c) Produtividade real do trabalho – Posição: 17/19

A produtividade do trabalho em Portugal registou um decréscimo em 2018. Quanto a este indicador, é de

salientar não só a fraca situação de Portugal quanto aos restantes países da Zona Euro, ocupando a 17.ª

posição, mas também que entre os 19 países, Portugal foi um dos quatro países que registou um decréscimo

da produtividade. Entre estes quatro países encontram-se o Luxemburgo e a Finlândia, países com

produtividade tipicamente elevada, para os quais um decréscimo da produtividade não representa um problema

tão grave como para Portugal.

d) Dívida pública – Posição: 17/19

Também quanto à dívida pública, Portugal encontra-se nos últimos lugares entre os 19. Portugal evidenciou,

em 2017, o terceiro pior rácio de dívida pública em percentagem do PIB. A ligeira melhoria deste rácio em 2018

em nada altera a situação de sobre-endividamento do País; aliás, a dívida nominal não cessou a sua trajetória

ascendente, encontrando-se a níveis historicamente altos e colocando o País numa situação de enorme

fragilidade e sensibilidade aos movimentos das taxas de juro.

e) Rendimento disponível em percentagem do PIB – Posição: 17/19

O rendimento disponível em percentagem do PIB, em Portugal, é mais uma evidência de atraso do país,

comparativamente aos restantes países da Zona Euro. Este indicador, que mede o rendimento disponível dos

cidadãos para consumir ou poupar é revelador da precariedade da situação nacional. Sem geração de riqueza,

conducente a níveis mais elevados de rendimento disponível por via de aproveitamento de economias de escala,

seguiremos limitando o potencial de crescimento destas duas componentes do PIB: o consumo privado e a

poupança, que se traduz em investimento.

4. O fraco crescimento do PIB português

Em 2018, apenas 5 países da Zona Euro cresceram menos que Portugal, entre os quais se encontram as 3

maiores economias da Europa.

As medidas de política orçamental adotadas pelo Governo ao longo da legislatura – de índole particularmente

eleitoralista – pouco ou nada têm contribuído para a construção de um clima de confiança e de finanças públicas

saudáveis que nos permitam concentrar os valiosos recursos nacionais em conceber e implementar planos de

crescimento. Mantêm, ao invés, o País numa luta imediatista e míope que consiste na mitigação das

adversidades à medida que estas vão surgindo.