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17 DE JULHO DE 2019

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maior equilíbrio territorial. É fundamental encontrar estratégias e instrumentos que contrariem os

desequilíbrios e as disparidades territoriais.

M3 | Mudanças Tecnológicas

Introdução

As próximas décadas serão amplamente condicionadas pelas mudanças tecnológicas. Os fluxos

globais estão a interligar mercados, bancos, empresas, escolas, comunidades e indivíduos. O mundo estará

mais inovador, interconectado e interdependente.

No futuro, as mudanças tecnológicas terão repercussões em todos os setores da sociedade. Importa,

assim, apostar na valorização das suas potencialidades em prol do desenvolvimento e da melhoria da

qualidade de vida de todos. Um dos maiores desafios que se colocam às regiões e cidades, e aos respetivos

sistemas de governança, é encontrar novas respostas e soluções para os desafios e oportunidades que se

adivinham.

A educação é uma precondição fundamental. Em Portugal, cerca de um terço da população em idade ativa

tem um grau de ensino superior, mas as diferenças territoriais são significativas. As regiões apresentam

diferentes desempenhos em matéria de inovação, refletindo os desequilíbrios em termos de educação,

formação, qualificações e capacidade de produção de conhecimento.

As regiões metropolitanas e as principais cidades, onde se concentram empresas, investidores,

empreendedores e outras entidades do sistema de investigação e inovação, evidenciam um melhor potencial

de conhecimento e inovação e de acesso a novas tecnologias. No entanto, com a revolução tecnológica,

cada vez mais pessoas, em mais lugares, têm mais oportunidades de se conectar e colaborar com

maior facilidade, o que cria novas oportunidades, nomeadamente nas áreas rurais (nas mais prósperas

ou mesmo nas mais periféricas). Contudo, as tecnologias também estão a potenciar e a intensificar as

desigualdades sociais com expressões territoriais.

Fatores

I. Digitalização, ciberespaço, automação e robótica

A digitalização, o ciberespaço, a automação e a robótica vão mudar o modo de funcionamento da

economia e da sociedade. A nova fase é marcada pela criação do ciberespaço e a sua articulação com as

telecomunicações móveis, permitindo o acesso individual a um espaço comunicacional e transacional global

que está a ser organizado por plataformas digitais geridas por operadores globais; e por outro, pelos avanços

na automação e robótica que, por via da inteligência artificial, se estendem aos serviços e às atividades

intensivas em relacionamento pessoal.

II. Mudança do paradigma energético

A mudança de paradigma energético necessário a um crescimento mundial sustentável supõe uma maior

diversidade nas energias primárias mobilizáveis para o funcionamento das sociedades, e novas formas

de utilização dos hidrocarbonetos através de transformações energéticas que não envolvam a sua queima.

Além disso, supõe também avanços tecnológicos na utilização de energias renováveis, como eólicas e

solar, por forma a aumentar a sua densidade, reduzir o impacto da sua intermitência e avançar para soluções

de armazenamento da eletricidade produzida.