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17 DE JULHO DE 2019

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tráfego de passageiros e de mercadorias em articulação com as infraestruturas portuárias, estancando o

crescimento da procura na rodovia, designadamente no transporte de mercadorias na Península Ibérica.

Terminado um extenso ciclo de construção da infraestrutura rodoviária, designadamente a de altas

prestações, as prioridades poderão agora jogar-se ao nível da manutenção e conservação das

extensas redes de diferentes níveis hierárquicos (com uma redução dos níveis de sinistralidade rodoviária).

Haverá também que articular ligações locais que ainda faltam, quer as que visam potenciar a atividade

económica, quer as que garantam igualdade de oportunidades no acesso ao emprego, serviços e

equipamentos. A descarbonização dos transportes (veículos elétricos), a economia de partilha, os veículos

autónomos e novas formas de prestação de serviços irão mudar a mobilidade de pessoas e mercadorias.

Estas transformações em curso na mobilidade poderão trazer ganhos de eficiência ao modo rodoviário, mas

não eliminarão as externalidades do transporte individual, em particular nos que respeita ao congestionamento

e consumo de espaço urbano. Neste contexto, é necessário reforçar e expandir a rede de carregamento de

veículos elétricos e continuará a prosseguir políticas que promovam a melhoria de eficiência em todos os

modos, mas que diminuam a taxa de utilização automóvel.

No transporte de passageiros há um desequilíbrio da repartição modal, com excessiva dependência

dos cidadãos relativamente ao transporte automóvel individual, o que dificulta progressos significativos na

evolução do padrão de mobilidade, com custos ambientais e energéticos e implicações em matéria de saúde

pública e sinistralidade rodoviária. Nos arcos metropolitanos de Lisboa e do Porto há espaço de progressão

para o desenvolvimento das infraestruturas e dos serviços de passageiros em transporte coletivo em canal

dedicado, promovendo o policentrismo e o papel das cidades na rede urbana nacional. Nas áreas

metropolitanas, os sistemas de metro e elétrico existentes também poderão ser incrementados, densificando a

oferta nos núcleos centrais de maior compacidade. A intermodalidade e a multimodalidade são muito

importantes nos âmbitos metropolitanos para o transporte de passageiros e mercadorias. As cidades precisam

de apostar na organização da oferta de transportes coletivos rodoviários, regular e flexível (mais

personalizada). O espaço urbano está sobrerrodoviarizado, impedindo a multimodalidade e perpetuando as

situações de congestionamento, ainda que venha a ser diminuído pelos impactos tecnológicos. É estratégico

melhorar o desempenho ambiental dos transportes e acelerar os programas urbanos e interurbanos de

curta distância com relevância para a articulação entre os modos suaves, o transporte público rodoviário

de passageiros (incluindo o transporte flexível) e os serviços partilhados (táxi coletivo, van, car e bike-sharing).

Neste âmbito, é de grande importância os principais centros urbanos reforçarem a aposta na pedonalização

dos espaços urbanos centrais.

4.3. Dinamizar as redes digitais

Rede mundial de cabos submarinos de fibra ótica (2017)

Fonte dos dados: TeleGeography (2017)